A Lição de Anatomia do Dr. Tulp Rembrandt, 1632 |
No curso médico, lá
pelo terceiro ano, aprendi sobre anatomia patológica e uma das partes do curso foi
no necrotério, onde um mestre ensina aos discípulos e ambos aprendem com a
morte. Interessante, especialmente durante as autópsias, inúmeras vezes observar
achados que não faziam parte da causa
mortis. Este fato me ensinou que muitos achados de exames na prática
clínica podem permanecer silenciosos (assintomáticos) durante a vida toda de
uma pessoa. Vem daí o ensinamento médico de nunca tratar um exame, sempre
tratar o paciente (correlação clínico-laboratorial) e da clínica ser soberana
na prática médica.
Mas como se
posicionar então no momento atual em que a medicina diagnóstica armada se
mostra cada vez mais presente e acessível? Como encontrar o ponto de equilíbrio
entre a busca pela técnica perfeita e o bom senso quanto à história natural da
vida? Já ouvi pessoas sugerirem que se fizessem exames em toda a população de
um país, e praticar uma medicina curativa baseada na suposição que os achados
poderiam trazer malefícios em um tempo futuro sobre a saúde daquela pessoa.
Afinal qual é ponto de bom senso? Vale pensar!
Não bastasse essa
experiência, durante a residência médica no processo de treinamento mais uma
vez a surpresa! Operando cadáveres, várias vezes encontrei achados que
correspondiam exatamente ao procedimento que estávamos simulando, mas que nunca
foram diagnosticados em vida (hérnias de disco, aneurismas cerebrais,
malformações vasculares etc.). A questão que ecoava era: quem são realmente as
pessoas que uma vez diagnosticadas vão se beneficiar de um tratamento? Em
muitos casos a resposta para este questionamento é fácil, mas não são poucos
aqueles outros em que a opção terapêutica é dúbia. Participei de inúmeras reuniões
médicas onde os colegas optavam diversamente quanto ao melhor a ser feito pelo
paciente.
Vivemos um
momento crítico e favorável à reflexão. Idéias como, por exemplo, a da
mastectomia profilática (retirada da mama “saudável” em pessoas com histórico
familiar de câncer) é apenas um dentre os inúmeros desafios científicos e éticos
da atualidade. Parece hoje haver algo como uma espécie de fé ou mesmo de crença
na doença como realidade inexorável. A fé na manifestação da doença leva a um
contexto de “tratá-la” antes mesmo de sua apresentação clínica, ao que se chama
prevenção. Primeiro promover saúde e só depois prevenir doenças (primum non nocere).
Colunas de
saúde nos jornais escrevam sobre saúde, programas de saúde nos meios de
comunicação, falem sobre saúde. Se for falar sobre doença, chame a coluna com o
nome adequado para não confundir a opinião das pessoas; se o programa apresentado
for sobre doenças, evite chamá-lo de dicas para a saúde. O prejuízo social decorrente
do mau uso dos recursos neurolinguísticos que se prestam à publicidade com
vistas ao consumo são inimagináveis. As pessoas vivem e consomem de acordo com
as crenças construídas especialmente pelos veículos de comunicação de massa
(mídia). Desenvolver musculatura cerebral para um livre pensar é tarefa
hercúlea e, portanto sobre-humana. Vale ao menos então fazer o melhor com
aquilo que dispomos...
Sem cair no
mérito de ser contra ou a favor, talvez valha a pena repensar sobre que valores
a idéia de saúde está sendo construída. Parece óbvio que se olharmos sob a
perspectiva do medo, o vale tudo está permitido. Mas no momento em que a
ciência discute até que ponto o próprio pensar e observar humanos interferem na
forma como a realidade se manifesta, é preciso muito, mas muito cuidado com as
escolhas que estamos fazendo no presente. Sobre isso, o poeta já advertiu há
muito...
Põe atenção nos espinhos e tua vida será espinhos. (Rumi 1207-73)
Felizmente, a
medicina é um ramo da biologia e não das ciências exatas e é justamente este
fato que mostra não existir condutas e tratamentos absolutos. Na matemática, na
física e seus correlatos, o fenômeno obedece a uma série de equações e
geralmente são previsíveis, muito diferente do que ocorre na medicina. Essa é
uma questão importante a ser considerada quando se usa o termo “erro médico”.
Erro é um conceito das exatas e envolve o cálculo. Como então falar em erro
numa ciência que não é exata, onde o discernimento é sua principal ferramenta?
Claro que
depois que algo fatal acontece, uma análise retrospectiva pode mostrar que a
conduta escolhida não foi ideal, mas em um momento crítico, é provável ter sido
a melhor possível a ser escolhida. Ora, quantos que reagiram a assaltos e
morreram fariam diferente se soubessem? Cada um faz a cada momento o melhor que
pode. Nesse contexto se faz importante o exercício constante do discernimento e
do bom senso. É intuitivo que quanto mais se diagnostique, tanto mais se fará
necessário tratar. Muitas das decisões tomadas hoje em todas as áreas se baseiam
no medo, sendo nosso papel desviar este viés no sentido da coragem (cor agire = agir com o coração).
Nesta segunda parte de um estudo crítico sobre prevenção quaternária na
atenção primária à saúde, os autores discutem a questão do excesso de
rastreamento por meio de exames diagnósticos, mais uma pérola para pensar. Em
caso de interesse, para entrar em contato com os autores:
charlestesser@ccs.ufsc.br . Artigo completo acessível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000900015
Excesso de rastreamento
O
rastreamento (ou screening) é a realização de testes ou exames
diagnósticos em populações e pessoas assintomáticas, com o objetivo de
diagnóstico precoce (prevenção secundária) ou de identificação e controle de
riscos, visando como objetivo último reduzir a morbidade e ou mortalidade da
doença, agravo ou risco rastreado.
De acordo com
os princípios estabelecidos para se implementar um rastreamento já em 1968, por
Wilson & Jungner, até hoje considerados padrão-ouro internacional (e
consideradas suas discussões e variações das últimas quatro décadas que pouco
os alteraram), a doença a ser seu objeto deve constituir um problema de saúde
importante, a sua história natural deve ser bem conhecida da latência à fase
clínica, deve ter uma fase pré-sintomática relativamente prolongada, deve
existir infra-estrutura para diagnose e tratamento, deve ser aplicado de forma
aceitável para a população e em termos de validade, de morbidade, de riscos e
de custos e para os resultados positivos devem ser assegurados métodos de
confirmação diagnóstica aceitáveis que definam precisamente quem receberá
tratamento. Deve existir um tratamento acessível e aceitável em termos de
efetividade, riscos e custos e deve resultar da aplicação de um determinado
rastreamento a redução da morbimortalidade e a melhoria da qualidade de vida
das populações.
Uma das
grandes discussões sobre a prevenção quaternária gira em torno do manejo da
incerteza inerente à prática médica. Fundamentalmente, a incerteza deve ser
tratada de modo diferente nos casos em que o paciente está com problemas de
saúde e procura ajuda médica, sentindo-se mal ou já diagnosticado, daqueles em
que o paciente nada sente e é o médico (ou o usuário) que quer prevenir ou
diagnosticar precocemente doenças ou riscos. No primeiro caso, o sofrimento do
doente e a obrigação ética do médico autorizam razoável grau de intervenção
diagnóstica e terapêutica com grande margem de incerteza: médico e doente
toleram algum grau de dano (iatrogênico) em função do sofrimento do doente e da
expectativa de compensação derivada do esclarecimento diagnóstico e do
benefício suposto da terapêutica. Não se cobra do médico resultado favorável,
mas seu empenho e a correção ética e técnica de sua ação.
No segundo
caso, típico do rastreamento, a relação é totalmente diversa: há que ser
imensamente mais conservador e precavido para com as intervenções, tanto
diagnósticas quanto terapêuticas. Nesta situação é um imperativo ético ter a
certeza de que os benefícios de qualquer intervenção são maiores do que os
riscos. Todavia, em ambos os casos, o princípio ético do primum non nocere
impõe cuidadosa, científica e contextualizada avaliação de riscos e benefícios
de quaisquer tipos de intervenção. Deve-se ter em conta que podem surgir
prejuízos em função do fato de pessoas assintomáticas, após a realização do
rastreamento, passarem a ser catalogadas como doentes, com as implicações
sociais de tais intervenções. Surgem nos rastreamentos os falso-positivos, os
efeitos físicos decorrentes do desconforto provocado pelo procedimento
diagnóstico, assim como os efeitos psicológicos nas pessoas que, muitas delas,
passam a se sentir doentes simplesmente pela vivência dos atendimentos e exames.
Nos casos de rastreamentos de cânceres, em que ocorre também a identificação de
tumores sem relevância clínica, esse efeito psicológico é particularmente grave
e danoso, por causa do imaginário letal associado à doença e à palavra câncer.
Para a
realização de rastreamentos populacionais deve existir sustentação científica,
mediante ensaios controlados e aleatórios, de estudos de correlação e
observacionais, tais como estudos de caso-controle e de coorte, para se
demonstrar numa análise de custo-efetividade a sua evidência e assim avaliar as
vantagens da aplicação de tal procedimento.
Em
contrapartida, pela divulgação desta forma de prevenção secundária, são criadas
nas populações expectativas cada vez maiores sobre as intervenções na sua saúde.
São exemplos típicos as situações em que mães solicitam exames de sangue, urina
e fezes para seus filhos; adultos jovens sem outros fatores de risco
cardiovascular querem dosar colesterol, mulheres de todas as idades querem
fazer mamografia, e que seus maridos façam "preventivo" de próstata.
Parentes de diabéticos, ou mesmo sem parentesco, querem fazer glicemias ou
exames de sangue periodicamente.
A prevenção
quaternária impõe uma estrita necessidade de o profissional estar atualizado
sobre os estudos científicos de boa qualidade voltados para avaliar a relação
risco-benefício dos rastreamentos, o que significa que precisa usar a medicina
baseada em evidências, inexoravelmente, para bem embasar, técnica e eticamente,
sua decisão de rastrear. E é isso que faz com que sejam relativamente poucos os
rastreamentos recomendados.
Kloetzel
fornece bom exemplo sobre os cuidados a serem tomados e os perigos de um
rastreamento mal fundamentado: supondo uma doença com prevalência de 0,5% na
população (na média, cinco pessoas em cada mil apresentam a doença), admitamos
que um teste para seu diagnóstico possua especificidade de 80%, o que é um
valor favorável, e a sensibilidade seja 100%. Se este exame for realizado num
rastreamento em mil pessoas, encontraremos cinco pessoas doentes misturadas com
199 pessoas sadias com testes positivos, vale dizer, 199 falso-positivos. Cada
doente vem acompanhado de aproximadamente 40 alarmes falsos; uma situação,
convenhamos, constrangedora. Esse é o cotidiano, só que pouco percebido. A
maior parte das doenças geralmente tem prevalência abaixo de 1/100, geralmente
mais próxima de 1/1.000. Assim, cada perfil bioquímico pedido sem motivo abre
as portas para uma pequena catástrofe.
Essa pequena
catástrofe reproduz-se na clínica cotidiana, e é também induzida pelo excesso
de solicitação de exames clínicos, que ocorre em situações clínicas distintas
do rastreamento.
Excesso de exames complementares
Os médicos,
em geral, tendem a solicitar mais exames complementares do que o necessário,
ação que tem sérios e previsíveis efeitos colaterais. Como isso ocorre há muito
tempo, hoje é multiplicado pela pressão dos próprios pacientes.
As
características técnicas dos testes diagnósticos realizados na população ou nos
pacientes individuais necessitam ser levados em conta, como especificidade e
sensibilidade. Além disso, abusos comuns dos médicos quanto à solicitação de
exames complementares derivam de uma distorção de seu raciocínio clínico
advinda:
1) Da
influência avassaladora da prática médica especializada (dos médicos
especialistas focais - neurologistas, cardiologistas etc.). O raciocínio
clínico desses especialistas é modificado em função de sua peculiar situação
social e institucional: reduzida responsabilidade para com os problemas de
saúde na globalidade dos seus pacientes e aumentada responsabilidade para com
as patologias de sua especialidade. Isso implica algumas situações típicas da
sua prática médica real, embora não prescritas nos livros nem fundamentadas
cientificamente: (a) o especialista focal precisa garantir que o doente não tem
alguma doença de sua especialidade. Ao invés de se construir um diagnóstico do
problema de saúde do paciente, na medicina especializada tende a haver uma
inversão do ônus da prova, que recai na obrigação de eliminar as doenças da
especialidade possíveis de existirem no paciente - pois não se admite que um
especialista deixe passar um diagnóstico de sua especialidade em um doente:
isto seria uma declaração de incompetência; (b) em havendo suspeita de uma
doença de sua especialidade, ela deve ser devidamente comprovada, para o que o
especialista não poupa os testes diagnósticos. A margem de incerteza da
medicina especializada é menor e a busca da certeza diagnóstica, por vezes, é
justificada pela agressividade da intervenção.
2) Da
formação hospitalocêntrica dos médicos. Essas duas características acima
mencionadas (a) e (b) são imensamente multiplicadas pelo ambiente hospitalar,
onde se concentra a produção de conhecimento médico especializado e o
aprendizado médico, e igualmente se concentram os pacientes com patologias
graves e/ou em estado de descompensação orgânica avançada, com risco de vida,
carentes de ação rápida e que dão a sensação de suficiência ao saber médico e
ao intervencionismo de cunho biológico. O ambiente hospitalar de aprendizagem é
diferente daquele da prática médica generalista e da medicina de família e
comunidade na atenção primária à saúde, mas é nele que a quase totalidade dos
médicos é formada.
Além disso,
no hospital ocorre um viés populacional, um cenário de aprendizado com
populações selecionadas e referidas, fazendo com que a prevalência de doenças
seja alta neste contexto, fato que aumenta o rendimento positivo dos testes
diagnósticos. Quando formados, os médicos deverão trabalhar em comunidades em
que predomina a saúde em relação à doença e, assim, o rendimento dos exames
complementares será pobre ou eles gerarão mais danos que benefícios quando mal
indicados, sobretudo pelo risco dos falso-positivos.
Por fim, o
senso comum e leigo invade e pressiona os profissionais, que solicitam exames
"por via das dúvidas", ou "de rotina", ou ainda por
dificuldade na definição de diagnóstico decorrente de quadros clínicos
inespecíficos, freqüentes na atenção primária à saúde. É fácil de entender que
a prática médica daí derivada desembocará numa avalanche de exames
complementares, muitos deles pedidos desnecessariamente, que poderão acarretar
mais prejuízos que benefícios, como falsos positivos, achados casuais,
situações limítrofes, desvios do raciocínio clínico etc. Essa situação é seara
precípua da prevenção quaternária, que nesse caso significará restringir os
pedidos de exames sempre ao estritamente necessário e usar a "demora
permitida", como será discutido em postagem futura.
Em toda área do conhecimento humano, parece que a incerteza ou a certeza continua sendo um mistério!Seria interessante que se criassem uma ONU com seus diversos CONSELHEIROS ESPECIALIZADOS VIRTUAL,podendo a qualquer momento ser acessada , em todas as especializações,surgindo assim um parecer ultra refinado(assim como nos julgamentos do STF), que mesmo com o alto grau de conhecimento técnico muitas vezes empatam, e a dúvida continua......O que fazer os míseros necessitados?Só resta um caminho: contar com a SORTE e encontrar ALGUÉM que amando sua profissão acima de tudo, mostre o MELHOR CAMINHO A SER SEGUIDO,se é que há um só!A dúvida continua.Qual a melhor solução?fazer ou não?Sempre haverá um risco de erro?Acho que o CUSTO X BENEFÍCIO, poderia amenizar a DÚVIDA.Parabéns pela polêmica, pois também é um caminho para o surgimento da LUZ!
ResponderExcluirA medicina, como também faz parte do contexto, muitas vezes é influenciada pelo materialismos, a mídia exercendo um papel implacável, pensando ser lei absoluta. Então fica difícil manter o equilibrio a plenitude, e o conflito muitas vezes tem resultado negativo.Mas visando o bem estar da humanidade, acredito que a medicina vai continuar contribuindo muito para a saúde, mas sabendo que o ser humano é um ser em construção, o que é benéfico para muitos não é para todos.
ResponderExcluirTudo que é desnecessário, excesso ,melhor ser descartado.
Quando a medicina é exercida, com conhecimento, discernimento e amor, existe a confiança do que foi feito,era certo para aquela realidade
Obrigada.
Ricardo
Dostoyevski da noite..... "Eu sou um homem ridículo. Agora eles me chamam de louco. Isso seria uma promoção, se eu não continuasse sendo para eles tão ridículo quanto antes. Mas agora já nem me zango, agora todos eles são queridos para mim, e até quando riem de mim - aí é que são ainda mais queridos. Eu também riria junto, não de mim mesmo, mas por amá-los, se ao olhar para eles não ficasse tão triste. Triste porque eles não conhecem a verdade, e eu conheço a verdade. Ah como é duro conhecer sozinho a verdade! Mas isso eles não vão entender. Não, não vão entender." Gde abraço meu amigo
ResponderExcluirCaro colega
ResponderExcluirExiste dentro da Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade um grupo de trabalho ativo sobre Prevenção Quaternária, articulado com grupos do Uruguai, Argentina, Espanha e com o próprio "criador" do termo, o médico de família belga Marc Jamoulle. Já ocorreram seminários sobre o termo aqui no Brasil, na Inglaterra, recentemente na Argentina e semana que vem em Porto Alegre/RS e no Uruguai. Deixo os contatos nas redes sociais e fórum de debates:
Página no Facebook https://www.facebook.com/pages/Prevenção-Quaternária/101867553195381
Twitter @prevquaternaria
Grupo do Google solicitar convite para gtprevencaoquaternaria@gmail.com
Parabéns pela abordagem do tema. Estamos à disposição para contribuir
André L. Silva - médico de família e coordenador do GT de Prevenção Quaternária da SBMFC
Caro André! Irmão de caminhada...
ExcluirAs informações que você compartilha aqui são pérolas. Só posso lhe agradecer a bondade e atenção em listá-las. Algumas pessoas têm usado o conteúdo deste espaço para trabalhos os mais variados, desde escola média até ensino de pós graduação.
Os endereços que você compartilha, assim como os tópicos que você lista abaixo, no comentário a seguir, apesar de provavelmente óbvios para você, especialista na área, é material de inestimável valor para pessoas interessadas em uma prática médica voltada ao Ser.
Por gentileza, caso disponha de material alinhado à proposta deste blog, entenda este espaço como seu também. Como você deve ter notado, a idéia é buscar a consciência da situação crítica que nos encontramos, sem combatê-la, mas mostrando opções construtivas, consistentes temporalmente e especialmente que promovam significação existencial aos seus participantes.
Um Abraço com gratidão!
Deixo bibliografia extensa sobre prevencao quaternaria e ceticismo médico. Sugestão do ex-presidente da SBMFC e professor da USP Gustavo Gusso
ResponderExcluir- Bad science
- The Medicalization of Society
- The silent world of doctor and patient
- Medicine in denial
- A saúde persecutória: os limites da responsabilidade
- The Last Well Person: How to Stay Well Despite the Health-Care System
- Your Drug May Be Your Problem, Revised Edition: How and Why to Stop Taking Psychiatric Medications (tem vários do Peter Breggin no mesmo sentido)
- The Selling of DSM: The Rhetoric of Science in Psychiatry (Social Problems and Social Issues)
- Making Us Crazy: DSM: The Psychiatric Bible and the Creation of Mental Disorders (vários do Stuart A. Kirk e Herb Kutchins no mesmo sentido)
- A arte perdida de curar
- Overdiagnosed: Making People Sick in the Pursuit of Health
- Como os médicos pensam
- Todo paciente tem uma história para contar
- Selling Sickness: How the World's Biggest Pharmaceutical Companies are Turning Us All into Patients
- How to stop your doctor killing you
- Making Sense of Illness: Science, Society, and Disease
- Doctor's Stories: The Narrative Structure of Medical Knowledge
- Medicine in Translation: Journeys with My Patients
- Hippocrates' Shadow
- From Paralysis to Fatigue: A History of Psychosomatic Illness in the
Modern Era
- Overtreated: Why Too Much Medicine Is Making Us Sicker and Poorer
- Follies & Fallacies in Medicine
- Should I Be Tested for Cancer?: Maybe Not and Here's Why
- Overdosed America: The Broken Promise of American Medicine
- Shyness: How Normal Behavior Became a Sickness
- Clinical Thinking: Evidence, Communication and Decision-Making Clinical Thinking: Evidence, Communication and Decision-Making
- A expropriação da saúde: nemesis da medicina
- Correndo o Risco: uma introdução aos riscos em saúde
- Precaridades do excesso: informação e comunicação em saúde
- O nascimento da clinica
- O normal e o patológico
Acrescento ainda Your Medical Mind do Jerome Groopman(acabei de ler há pouco, incrível) e Overdiagnosed: Making People Sick in Pursuit of Health, de H. Gilbert Welch