The Doctor Luke Fields |
Este alerta
está colocado na porta de um espaço terapêutico.
O resfriado
escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração infarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre, a colheita, obrigatória... Preste atenção no que você está plantando...
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração infarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre, a colheita, obrigatória... Preste atenção no que você está plantando...
P.S:
Normalmente, os sintomas aparecem 3 dias após o
"acontecido", descubra o que te prejudicou e coloque para fora,
em conversa com amigos ou com um profissional, a cura pode ser facilitada!!!
Cuide-se pois
sua saúde e sua vida dependem de suas escolhas!!!
Você pode
escolher ser feliz ao invés de ter felicidade!!
"Faça
o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um
sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber
sua simplicidade”
Mário Quintana
Mário Quintana
Em um estudo crítico sobre prevenção quaternária na atenção primária à
saúde, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (Norman e
Tesser) nos presenteiam com uma pérola de saúde para pensar. Interessante notar
que muitas vezes aquilo que nos é apresentado como proposta de saúde esconde sob
seu manto vistoso a semente do medo e da doença. Sempre vale refletir e
repensar o caminho que estamos escolhendo. O primeiro passo é saber que podemos
escolher entre cultivar a saúde ou viver sob o jugo da doença que ameaça,
quando não depaupera a saúde e os patrimônios pessoal e social.
Abaixo a
primeira parte do estudo. Em caso de interesse, para entrar em contato com os
autores: charlestesser@ccs.ufsc.br . Artigo completo acessível em:
http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000900015
Introdução
O caráter
medicalizador e intervencionista da racionalidade e da prática
médico-científica começou, há algum tempo, a deixar entrever várias de suas
limitações e mazelas, classificadas por Illich em três tipos de iatrogenias:
clínica, social e cultural. A iatrogenia clínica, relativa aos danos causados
pela intervenção médica no indivíduo, a mais palpável e melhor percebida pelos
saberes e métodos científicos, cresceu tanto, que ganhou dimensão coletiva e
populacional, tornando-se recentemente a terceira maior causa de morte nos
Estudos Unidos da América. Suscitou, assim, o reconhecimento acadêmico e social
de seu potencial danoso em grande escala. Em paralelo, dentro da própria
categoria médica, um conceito nascia intimamente relacionado à iatrogenia
clínica e à medicalização social, cuja apresentação é objetivo deste artigo: a
prevenção quaternária.
O nascimento
e a prática deste conceito vêm de uma reação à iatrogenia nascida dentro da
própria categoria médica, vinculada à prática e à ética do cuidado. Seu lugar e
significado ainda não estão bem estabelecidos, mas certamente ele merece
atenção e debate na saúde pública e no Sistema Único de Saúde (SUS), dado seu
potencial de contribuições à área. Em tempos de grande extensão da atenção
primária à saúde no Brasil via Estratégia Saúde da Família, é grave o fato de
quase não haver discussão na Saúde Coletiva e no SUS sobre a prevenção
quaternária, dada a sua importância para o cuidado à saúde, intimamente ligado
à missão ética e política de conter ou minimizar a parte da medicalização
social decorrente da ação profissional em saúde.
Sem pretender
esgotar o tema da prevenção quaternária, porém contribuindo para suprir essa
lacuna, apresentamos neste artigo o significado e a relevância do conceito,
discutindo-o em três situações típicas e altamente comuns: excesso de rastreamentos
e de solicitação de exames complementares e abusos na medicalização de fatores
de risco
O conceito
foi proposto e vem sendo desenvolvido por um segmento da categoria médica. Isso
é compreensível, já que esta se sobressai dentre as demais quanto ao seu poder
de intervenção sobre os usuários e, assim, conseqüentemente, quanto ao poder de
causar danos - foco da prevenção quaternária. Discutiremos a prevenção
quaternária conforme vem sendo trabalhada pelos médicos, enfatizando desde já a
propriedade e a extensão do conceito, com as devidas adaptações, aos outros
profissionais de saúde, inclusive pela necessidade incontornável e saudável de
trabalho interdisciplinar na Estratégia Saúde da Família, que, de forma
inovadora na atenção primária brasileira, permite e facilita o descentramento
do cuidado da intervenção médica (sabidamente medicalizante) por intermédio do
trabalho em equipe.
O conceito de prevenção
quaternária
Proposto por
Jamoulle, Médico de Família e Comunidade belga, o conceito de prevenção
quaternária almejou sintetizar de forma operacional e na linguagem médica
vários critérios e propostas para o manejo do excesso de intervenção e
medicalização, tanto diagnóstica quanto terapêutica. A proposta foi feita por
Jamoulle em 1999, tendo sido oficializada pela World Organization of National
Colleges (WONCA), Academies and Academic Associations of General
Practitioners/Family Physicians em 2003.
Prevenção
quaternária foi definida de forma direta e simples como a detecção de
indivíduos em risco de tratamento excessivo para protegê-los de novas
intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente
aceitáveis. Posto que um dos fundamentos centrais da medicina é o primum non
nocere, a prevenção quaternária deveria primar sobre qualquer outra opção
preventiva ou curativa.
A sua
amplitude e as exigências éticas, filosóficas e técnicas da sua incorporação à
prática médica desdobram-se em vários aspectos e exigem o domínio de uma série
de técnicas médico-epidemiológicas, no geral pouco conhecidas e manejadas pelos
próprios médicos, além do desenvolvimento extraordinário da "arte de
curar", calcada na relação médico-paciente, em sabedoria prática e em
contextualização existencial, que o aperfeiçoamento da prática do cuidado
permite desenvolver. Este foi o motivo provável pelo qual o conceito de
prevenção quaternária foi desenvolvido operacionalmente pelos médicos
especialistas contemporâneos que se propõem a cuidar das pessoas
longitudinalmente - os Médicos de Família e Comunidade - ou seja, propõe-se
resgatar e desenvolver a antiga medicina geral, ou clínica generalista, que
permite ao mesmo profissional a experiência de cuidar de um conjunto de pessoas
com diversos tipos de problemas de saúde, ao longo de grande tempo.
A
conceituação de prevenção quaternária foi proposta no contexto clássico dos
três níveis de prevenção de Leavel & Clark, que classificava a prevenção em
primária, secundária e terciária. Jamoule propôs a prevenção quaternária como
um quarto e último tipo de prevenção, não relacionada ao risco de doenças e sim
ao risco de adoecimento iatrogênico, ao excessivo intervencionismo diagnóstico
e terapêutico e a medicalização desnecessária. Similarmente, para Gérvas, é
prevenção quaternária a ação que atenua ou evita as conseqüências do
intervencionismo médico excessivo que implica atividades médicas
desnecessárias.
Dada a atual
conjuntura, a prevenção quaternária deve ser destacada, pois permeia todos os
outros níveis de prevenção, particularmente a prevenção secundária, mas também
a chamada prevenção primordial (evitar a emergência e o estabelecimento de
estilos de vida que contribuem para um risco acrescido de doença), e a promoção
da saúde, nas última duas décadas revalorizada após a Carta de Otawa.
Existem
freqüentemente excessos de medidas preventivas e diagnósticas em assintomáticos
e doentes, tanto em adultos como crianças. Nem todas as intervenções médicas beneficiam
as pessoas da mesma forma, e, quando excessivas ou desnecessárias, podem
prejudicá-las. Não se pode esquecer o potencial de dano das intervenções:
cuidados tanto curativos quanto preventivos, se excessivos, comportam-se como
um fator de risco para saúde. Além disso, quando se está promovendo as drogas
como medida de prevenção (uma tendência recente notável) e o número de
pacientes atingidos é muito grande, essa expansão da exposição às drogas pode
causar importantes danos.
A crescente
atenção dirigida para as causas iatrogênicas da má saúde e a conseqüente adição
da prevenção quaternária às atividades preventivas apontam para a necessidade
de explicitamente incluir a iatrogenia como uma influência sobre a saúde. Com o
passar dos anos, o umbral terapêutico para a intervenção médica está
diminuindo. Como a prevenção tem sido tradicionalmente focada sobre a doença e
o conceito de doença vai se modificando ao longo do tempo, com os pontos de
corte para designar o que é considerado doença invadindo cada vez mais o que
antes era considerado normal e, além disso, os fatores de riscos estão sendo
considerados como equivalentes a doenças, a diferença entre prevenção e cura
está se tornando cada vez mais indistinta. A medicalização de estados
pré-doença e de fatores de riscos se torna cada vez mais comum, incluídas as
metas para hipertensão, colesterol, osteopenia e obesidade. A perspectiva de
comercializar medicações já existentes para pessoas saudáveis expande
enormemente o mercado dessas drogas, enquanto aumenta os custos para a
sociedade e para os serviços em saúde, além de potencialmente reduzir a
qualidade de vida ao converter pessoas saudáveis em pacientes.
O resultado
desse processo é que há menos tolerância para com as oscilações e variações do
processo saúde-doença individual, fazendo com que os médicos intervenham mais
precocemente. A margem de "normalidade" diminui, os diagnósticos se
expandem e indicam mais intervenções. Logo, o intervalo de segurança, a margem
entre os benefícios e os riscos também diminui. Cada vez mais se atende a mais
pacientes com maior intensidade de recursos preventivos, diagnósticos e
terapêuticos. Tudo isso aumenta a probabilidade de dano desnecessário por conta
da atividade sanitária.
Assim, a
prevenção quaternária deve ser desenvolvida continuamente e em paralelo com a
atividade clínica, de modo a evitar o uso desnecessário e o risco das
intervenções médicas. Além disso, segundo Hespanhol et al., em termos
populacionais, ela proporciona uma resposta ao crescimento dos gastos com
cuidados de saúde que consiste em proporcionar a racionalidade do tratamento, a
utilização mais criteriosa dos recursos e a melhoria da qualidade da atividade
profissional.
Segundo Melo,
vários são os exemplos de situações em que a balança entre benefícios e
prejuízos pode se desequilibrar para o segundo lado: excesso de programas de
rastreamento, muitos deles não validados; medicalização de fatores de risco;
solicitação de exames complementares em demasia; excessos de diagnósticos, com
rotulagem de quadros inexplicáveis ou não enquadráveis na nosografia biomédica,
criando-se os pseudo-diagnósticos como, por exemplo, síndrome de fadiga
crônica, fibromialgia, cefaléias inespecíficas e dor torácica não cardíaca,
dentre outros, de que o mais amplo exemplo é o conceito de MUPS (Medically
Unexplained Physical Symptoms) ou sintomas físicos não explicados pela
medicina, que são situações em que há sintomas físicos sem causa orgânica
definida. Também são exemplos as medicalizações desnecessárias de eventos
vitais ou adoecimentos benignos autolimitados (contusões, partos, resfriados,
lutos etc.), que redefinem um número crescente de problemas da vida como
problemas médicos; pedidos de exames e ou tratamentos devido ao medo dos
pacientes e ou pressão de pacientes muito medicalizados; intervenções em razão
do medo dos médicos - a chamada medicina defensiva, pouco debatida e conhecida.
Além disso, a
palavra tem potencial iatrogênico: um diagnóstico pode agir como uma profecia
que se realiza a si própria. Referir-se a um paciente como
"histérico" pode servir para estimular e perpetuar essas mesmas
características. Expressões comuns podem causar dano quando o profissional
afirma, como um veredicto, que uma doença não tem cura e/ou afirma diagnósticos
ou prognósticos que se fixam nos pacientes, como, por exemplo, "ferida no
útero", "tomar remédio para sempre", "sinusite
crônica".
Assim, a
prevenção quaternária pode ser o simples e difícil bloqueio das cascatas de
atenção desnecessárias, o simples saber "esperar e ver", também
chamado "demora permitida". Pode ser colocar em seus devidos lugares
medos medicamente provocados, como o medo do colesterol, acalmando pacientes de
baixo risco cardiovascular e orientando-os a uma vida saudável sem preocupações
com o colesterol. É também prevenção quaternária a crítica das campanhas de
prevenção desnecessárias ou de benefícios duvidosos, para dar aos pacientes uma
oportunidade de decisão informada, bem como advertir os pacientes contra os
abusos da genética, tanto do próprio diagnóstico das enfermidades genéticas
como das provas de "fatores de risco genético".
Sendo a
prevenção quaternária a intervenção que almeja prevenir a ocorrência ou os
efeitos dessas situações, ela se fundamenta em dois princípios fundamentais: o
da proporcionalidade (ganhos devem superar os riscos) e o de precaução (versão
prática do primum non nocere, ou seja, primeiro não lesar). Ela
providencia cuidados médicos que sejam cientificamente e medicamente
aceitáveis, necessários e justificados: o máximo de qualidade com o mínimo de
intervenção possível.
A prevenção
quaternária é particularmente importante nos idosos, atendendo à redução
fisiológica da sua reserva funcional e conseqüente risco acrescido de
iatrogenia - nomeadamente farmacológica. Nessa fase do ciclo de vida, medidas
preventivas que seguem o modelo de doença única podem apenas estar selecionando
uma causa concorrente de morte em vez de ter um impacto sobre a mortalidade
global, isto é, de realmente prolongar e melhorar a vida, visto que nos idosos
a probabilidade de doenças compostas aumenta, e isto nos força a repensar as
medidas preventivas neles.
A prevenção
quaternária obriga a resistir aos modismos (consensos, protocolos e guias sem
fundamento científico), à corporação profissional-tecnológico-farmacêutica e
inclusive à opinião pública. Implica, além disso, um compromisso ético e
profissional, a ética da negativa, que consiste, sucintamente, em recusar
intervenção quando desnecessário.
Na nossa
prática clínica na atenção primária à saúde, a prevenção quaternária tem se
convertido em atividade constante. Implica a resistência firme ante os abusos a
respeito da definição de saúde, fator de risco e doença; exige autonomia, um
conhecimento científico sólido, habilidades de comunicação, flexibilidade,
independência e resolubilidade. A opção pela prevenção quaternária parte de um
compromisso com os pacientes e com a profissão que se exerce. É parte do
contrato social implícito entre a profissão médica e a sociedade: expressão do
pacto pelo qual a sociedade delega aos médicos grandes poderes e grandes
responsabilidades, em troca de que façam o que deve ser feito.
Olá meu grande e querido amigo, como é bom sempre tê-lo por perto, mesmo sendo por meio do blog. Concordo com o alerta postado, realmente acredito que nós mesmos somos responsáveis por nossas próprias doenças através de almas machucadas, gerando amargura, raiva, inveja, ódio, depressão e outras. Neste momento quebramos o nosso campo magnético de energização e deixamos de alimentar nossa alma e assim não nos fortalecendo. Bjos Erika
ResponderExcluirConcordo em gênero número e grau! Desconhecia tudo o que li aqui, porém já fui vítima sem saber... Minha sugestão é que se coloque aqui para divulgar, o Juramento de Hipócrates para que possamos ir às raízes.
ResponderExcluirabraço grande, MP
Grande artigo que nos ensina a forma correta
ResponderExcluirComo proceder com relação a saúde e a doença.
Esse artigo implica até aos profissionais da saúde
A rever os seus conceitos.
Abraço!!!