sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ATÉ LOGO



Nesta semana, em 20/02/13 sob a luz do sol nascente, o médico da consciência e pensador brasileiro Marco Tullio de Assis Figueiredo, pedra angular da prática de cuidados paliativos no Brasil, prosseguiu em sua jornada cósmica. Que nossa atenção ao processo existencial e seu significado seja redobrada em respeito a quem tanto se dedicou a expandir a compreensão sobre a vida e o bem viver e também sobre a morte e o “bem viver”.
A seguir, um discurso do Dr. Derek Doyle, fundador e primeiro presidente da Associação Internacional para Hospice e Cuidado Paliativo, agradecendo a homenagem que lhe foi prestada por ocasião do IV Meeting and Symposium do AIHPC, em setembro de 1999, em Geneve, na Suíça (traduzido pelo Prof. Dr. Marco Tullio de Assis Figueiredo).

Prof. Dr. Marco Tullio de Assis Figueiredo

Você se convence de que está ficando velho quando se surpreende olhando para trás e não olhando para frente, e percebe que as suas conversas contêm mais estórias do que sonhos e propostas. Eu agora estou na minha fase de contador de estórias, portanto eu lhes agradeço por me aturarem uma vez mais. Essa vai ser a despedida de um homem velho, mas quem sabe, como o Frank Sinatra eu poderei voltar para mais uma festa de despedida, e por isso o meu título, Até Logo.
Eu gosto de pensar que toda a minha vida profissional foi dedicada a cuidado paliativo, apesar de em grande parte não ter sido glorificada com esse nome. Como cirurgião missionário na África, eu possivelmente tenha curado algumas pessoas, mas a maior parte do meu tempo foi passado tentando aliviar o sofrimento através da paliação cirúrgica. Como médico de família em tempo parcial, na Escócia, eu aprendi como prover cuidado de conforto (um bom nome alternativo para cuidado paliativo) para centenas de pacientes e suas famílias, sem jamais pensar em chamá-lo de cuidado paliativo. Em minha atividade hospitalar naquela época, assim como a maioria dos médicos do hospital, naturalmente eu tentava convencer a mim mesmo que eu estava curando as pessoas. Nos últimos 20 anos eu não tenho tido ilusões - todos eles tinham sido totalmente submetidos a cuidados paliativos. Eu tenho visto muito e aprendido muito. São algumas das lições destes 40 anos à beira do leito que eu compartilho com vocês agora, bem cônscio que nenhuma de minhas impressões e conclusões sejam originais.
A primeira observação é sobre cura. A atual atitude da sociedade, e particularmente da profissão médica, em curar, perturba-me. Quer me parecer que ninguém tem o direito de esperar a cura, por mais maravilhoso que seja estar curado. O que todos têm é um direito inalienável a cuidado paliativo. Nós estamos errados se considerarmos o cuidado paliativo como um derradeiro luxo quando tudo mais fracassou, mas é assim que ele é encarado na maioria dos países. Parece-me que muitas pessoas, inclusive governos, veem o cuidado paliativo como a cereja em cima do chantilly no topo do bolo de frutas. O cuidado paliativo apropriado deve ser acessível e prontamente utilizado pelas pessoas, qualquer que seja a sua doença, a sua fé religiosa, a sua cor, a sua riqueza ou pobreza, a sua política, ou o país em que mora. Se tenham ou não tido tratamento curativo é irrelevante.
Enquanto o cuidado paliativo continuar a ser visto como o tratamento da fase final do câncer, a ser oferecido quando tudo mais falhou, ele não se propagará e a milhões de pessoas será negado um direito humano fundamental. Nós devemos parar de acusar os outros por não entenderem o que é, e quem é elegível para ele. Se nós não o definirmos, se nós não o explicarmos, se nós não o promovermos, então nós devemos aceitar a culpa se o mundo o rejeitar.
A segunda coisa que me tem atingido em anos recentes é que a morte é parte inevitável e inegável da vida. Ela não é um fracasso médico; ela não é um desastre; ela não é algo de que médicos e enfermeiras se sintam envergonhados. O que nos deve envergonhar não é a morte, mas o fracasso em aliviar o sofrimento quando, como todos nós sabemos, existem meios de consegui-lo. Não só a morte é parte da vida, mas ela pode também ser a ocasião de um crescimento pessoal, de reconciliação, de construção de uma ponte entre o Homem e Deus, de excitantes introversões e mesmo de auto descoberta.
Um dos desafios de cuidado paliativo e um que eu considero como único para a nossa especialidade, é a criação de ambiente para tal crescimento. Talvez isso exija um amadurecimento e sensibilidade que poucos de nós possuem. Nosso treinamento valoriza a nossa capacidade diagnóstica e expande nossos dados básicos, mas isso nos torna mais sensíveis, mais empáticos, mais compassivos? Eu acho que não.
Quando nós falamos de desafios, não podemos esquecer o desafio de ensinar e entusiasmar nossos colegas profissionais e estudantes. Eu suspeito que nós não estejamos agindo correto. Nós estamos enchendo os livros com doses e dados, quando nós de­veríamos tentar mudar as atitudes. Talvez isso não seja a única coisa errada. Por todo lugar no mundo onde eu viajo, eu encontro profissionais de cuidado paliativo que acham que eles têm de justificar a sua existência, particularmente se eles possuem um status de especialista, e eles assim procedem desfiando fatos e números ao invés de compartilhar alguns aspectos sensitivos profundos que são característicos de cuidado paliativo.
Existem alguns profissionais de cuidado paliativo que nos consideram possuir o monopólio da compaixão. Nós não temos tal monopólio. Outros acham que cuidado paliativo é um dom inato. O mais triste é que alguns existem que acham que nada há que apren­der. Eu acredito que todos eles estão equivocados. No final de contas eu estou convencido que os profissionais de cuidado paliativo como eu, não são julgados pelo número de pessoas que nós tratamos ou pelo número de serviços que nós fundamos. Nós não seremos lembrados pelo número de artigos que tenhamos publicado, nem pelos livros que editamos. Nós seremos julgados pela nossa vontade, na verdade, nossa ansiedade em compartilhar nossos fatos e números e introspecções sensitivas a respeito do Homem e de como ele reage ao sofrimento e perda com os nossos estudantes e colegas de outras disciplinas e especialidades porque - ao menos na minha experiência - eles se importam tanto quanto eu. De fato, a maioria se importa mais do que eu, é o que eu desconfio.
Tem sido dito que cuidado paliativo é “mais arte que ciência“. Talvez isso seja uma das coisas que mais tem impedido as pessoas de se unirem a nós. Em uma tentativa de opor-se a essa assertiva, há agora um movimento, em particular no Ocidente, que insiste em que tudo que dizemos e fazemos tenha que ser baseado em evidências, a fim de que no devido tempo as pessoas possam descrever o cuidado paliativo como sendo “mais ciência que arte“. Eu considero ambas as descrições como imprecisas e perigosas. Certamente existe lugar para equilíbrio, possivelmente uma igualdade. Tanto arte como ciência. Tanto ciência como arte. O cuidado paliativo poderá, no devido tempo, ser visto como a disciplina que demonstra que tal simbiose é simultaneamente criativa e poderosa.
Eu quero que as pessoas vejam que o que nós fazemos, é muito mais que o controle da dor e sintomas - por si só de extrema importância. Eu quero que eles reconheçam, e eu suspeito que todos vocês também o querem, que o cuidado paliativo se preocupe com três coisas:

A qualidade de vida
O valor da vida
O significado da vida

Não passa um dia sem que falemos de qualidade de vida (apesar de nós raramente perguntarmos ao paciente o que ele acha sobre isso). O alívio do sofrimento é um ingrediente chave, mas somente um entre muitos outros ingredientes. Os outros são: honestidade absoluta, dignidade do paciente, médicos que tenham sido treinados para ouvir e falar só quando necessário, e ambientes e práticas dirigidas ao paciente e não ao staff. É óbvio, eu ouço você dizer? Se for, eu devo ter trabalhado e visitado os lugares errados.
Eu sinto apaixonadamente que nós vivemos numa idade em que a vida humana e as vidas das pessoas são cada vez mais vistas como não tendo valor, exceto em termos econômicos. As pessoas são necessárias e valorizadas somente quando podem produzir e contribuir para a sociedade. Quando estão desempregadas ou velhas ou doentes e morrendo, ninguém fala de valor. Elas são constantemente lembradas pelo quanto custa tratá-las, interná-las, mantê-las vivos, ou até mesmo oferecer-lhes cuidado paliativo. A mensagem central de cuidado paliativo é que você tem valor, você é necessário, você é apreciado, e nós gostamos de cuidar de você porque é você! No dia em que nós deixarmos de agir assim, nós passaremos a ser apenas técnicos e sintomatologistas.
Eu não sei qual é o significado da vida! Um dos aspectos do envelhecimento, deixando de lado os sonhos nostálgicos e de aborrecer os amigos com estórias, eu não mais tenho certeza de coisa alguma. Eu conheço essa experiência muito bem. Mas isso eu sei! Quanto mais as pessoas se aproximam do fim da vida, mais elas perguntam porque, porque, porque? Porque o Homem sofre? Porque ele tem de morrer? Porque os bons sofrem tanto ou mais que os maus? Porque tantos morrem ainda tão jovens? Qual é o significado de tudo isso - vida, morte, bem e mal? Porque eu? Eu aprendi quão frequente nossos doentes fazem essas perguntas. Eu também aprendi que eles não esperam de nós qualquer resposta. O que eles desejam - e o que você e eu às vezes podemos oferecer nesse trabalho - é alguém para ouvir e nada dizer. Alguém para compartilhar de sua humanidade. Alguém que saiba que a amizade compartilhada em um dos momentos mais solitários da vida, é de uma preciosidade além das palavras.
Na ocasião de nossa morte nós já teremos ouvido o suficiente das pessoas, especialmente dos políticos, os quais pensam saber tudo e ter todas as respostas. Eu suspeito que a definição de realmente um grande homem, é aquele que sabe as perguntas a serem feitas, mas que afirma não conhecer as respostas.
Compartilhar a nossa humanidade é o tema de um pequeno livro de minhas memórias, que eu espero ver publicado antes do fim do ano - “Bilhete de Plataforma: Memórias e Recordações de um Médico de Hospice“.
Um serviço de cuidado paliativo, volto a dizer, é sobre qualidade de vida, valor da vida e significado da vida. Estas três coisas são direitos humanos básicos. Portanto, deve ser perguntado se você e eu estamos empenhados para que todos tenham acesso a eles. A resposta é não. Nós apenas começamos a fazê-lo, mas do fundo do meu coração eu acredito que o International Hospice Institute and College (atualmente International Association for Hospice and Palliative Care) é um elemento chave nesse processo.
Assim como os fundos continuam entrando, e mais e mais colegas são capacitados para aceitar convites de ensinar e demons­trar em centros espalhados pelo mundo, também a mensagem de hospice espalhará como um incêndio florestal. Eu me recordo quando se podia contar nos dedos da mão o número de hospices no Reino Unido, onde tudo começou. Hoje existem mais de 6.100 no mundo. Eu me recordo também dos nossos esforços para estabelecer educação e treinamento em cuidado paliativo, e hoje nós temos cátedras professorais no Reino Unido, Austrália, EUA e Canadá, e a medicina paliativa reconhecida como uma especialidade em diversos países. Isso pode ser feito!
Nós precisamos de um número suficiente de pessoas de modos antiquados para trabalhar sem pensar em recompensas financeiras ou honraria internacional. Nós precisamos de pessoas dispostas a compartilhar e a sacrificar-se; pessoas com visão clara, mas desin­teressadas em construir um império. Nós precisamos de pessoas que compartilhem a nossa visão de cuidado paliativo reinstalado no centro, bem no coração da medicina e da enfermagem, onde era o seu lugar bem antes de nós sonharmos de curas.
Eu desconfio que a maioria da população mundial é mais pé-no-chão e realista que os médicos que cuidam dela. Ela não sonha com o impossível. Ela não pede mais do que nós podemos oferecer. Ela simplesmente nutre a esperança de que nós cuidaremos dela o suficiente para aliviar o seu sofrimento, e possamos auxiliá-la a saber que a sua vida tem de fato um significado e um valor, assim como uma qualidade. Eu desconfio que o sofrimento e a morte são bem aceitos se tiverem significado.
Apenas o sonho de um homem velho? Eu acho que não. De todo o meu coração, eu espero que não.
Obrigado

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O QUE SÃO OS PENSAMENTOS?



POR: FERNANDO PINTO (MÉDICO NEUROCIRURGIÃO) - fernando.neuro@terra.com.br
Fragmento do livro: "VOCÊ SABE COMO SEU CÉREBRO CRIA PENSAMENTOS?"



...

A experiência, a vontade e os estudos podem, assim, materializar seus pensamentos. Olhe à sua volta, tudo o que lhe rodeia foi fruto do pensamento de alguém ou de algum grupo, que se materializou e pode ser comercializado, trocado por dinheiro, e é assim que as coisas têm acontecido.

Acredito que os pensamentos podem ser classificados. Por isso, montei a proposta a seguir e tenho identificado, com mais rapidez, atenção e interesse, certos padrões de pensamento. Vou explicar o porquê.

Um pensamento que transita em sua mente pode ser classificado de acordo com cinco critérios:

·         a qualidade (se é bom ou ruim);

·         a origem (se é seu ou dos outros);

·         a frequência (se é passageiro ou persistente);

·         seu teor (se é construtivo ou transformador); (a destruição não existe, pois na natureza nada se cria e nada se destrói. Tudo se transforma, certo?);

·         sua essência (se é trivial, circunstancial, romântico, meta ou existencial-criativo).



Os quatro primeiros critérios são óbvios de se entender. E a classificação mais clara é binária (sim ou não), como funciona o princípio mais básico da computação: os bits. Entretanto, o quinto critério é especial, e a classificação binária não basta! A essência do pensamento, o quinto critério, é o que determina seu estado de espírito, seu humor, sua vontade; é o que o põe ou o que o tira do foco da sua vida, do seu ponto de equilíbrio. É o que o faz andar, ou o que o faz ficar estagnado mentalmente por toda uma vida; por mais que você prospere profissionalmente, tenha prazer, tenha bons relacionamentos familiares e até mesmo sinta-se satisfeito com sua vida. Sobre o pensamento enquanto essência, eu o dividi em cinco categorias:



1. Trivial é aquele pensamento simples, pouco elaborado. Parece que estamos em um estágio primitivo de captação das impressões do meio à nossa volta. Geralmente, é esquecido ou sufocado por outros pensamentos persistentes, pelo nosso pano de fundo mental ou pelos pensamentos circunstanciais. Os grandes “insights”, “sacadas” e “inspirações” são precedidos por esses pensamentos triviais. É o cismar. O ficar parado olhando vagamente para o “nada”. Esses pensamentos geralmente surgem no desenvolvimento mental infantil e nos adultos é mais possível percebê-los no ócio. Por isso, o ócio é tão importante. Veja que o ócio não é lazer, não é folga nem irresponsabilidade. É um momento só seu para fazer nada e sem ninguém. É um tempo livre, mas não dura o dia inteiro: são momentos que devem ser cultivados. O que mais se aproxima disso é aquele momento só seu no banheiro. É o pedaço de terra virgem na lavoura no qual você nunca vai plantar nada, mas tem de existir.

2. Circunstancial é aquele pensamento que surge pela necessidade. É um pensamento por uma causa externa concreta e presente. Por exemplo, ficar pensando no que deve ser comprado quando você vai ao mercado, ou quando você é criança e é “forçado” a estudar, ou quando você tem um problema e tem de pensar como vai resolvê-lo. É oriundo de uma circunstância presente que o força a parar e pensar.

3. Romântico é o pensamento que temos em relação ao outro. O outro pode ser representado pelo parceiro, pelos amigos, pelos inimigos, pelos familiares, animais de estimação e até mesmo objetos. Quando falamos em amor platônico, referimo-nos àquele amor no plano mental, fantasioso, ideal. Geralmente, no início de todo e qualquer relacionamento de qualquer tipo, vivemos um período desse amor platônico; seria o período de paixão ardente. É quando, na verdade, ainda não conhecemos o outro. É o pensamento acerca dos relacionamentos. Um tipo de pensamento que permite a construção da amizade, a coesão da família e da sociedade.

4. Meta é aquele pensamento estratégico, de plano de carreira, de vida, de viagem. É o pensamento que usamos para trabalhar, para executar com primor nossas atividades. Tem alto teor intelectual. Muitas pessoas lotam suas mentes com muitos desses pensamentos e vão longe na vida, atingem altos postos, reconhecimento, condição financeira plausível. Tornam-se, por isso, obstinados, trabalhadores compulsivos (“workaholic”), verdadeiros campeões e basta. São máquinas que planejam e executam, ganham suas medalhas e, se tiverem sorte, entram em crise psicológica algum dia e percebem a oportunidade de pensar e melhorar antes de perderem a saúde física.

5. Existencial-criativo é o pensamento mais sublime, de alta intelectualidade e individual. Relaciona-se com a manipulação dos demais tipos de pensamento e com a mistura da sua percepção com o que já foi percebido e documentado por outras pessoas, por quem lhe criou na infância e até por você mesmo. Relaciona-se com a inovação, com a arte, com a criação, com o entendimento do seu propósito pessoal de vida. Não me refiro à sua profissão, seu trabalho, seus problemas ou sofrimentos, mas sim ao que o faz acordar todos os dias e viver, no que você acredita que vai acontecer depois da grande última aventura física neste mundo: a morte. A decisão de um casal, ao conceber um filho, também é permeada por esse tipo de pensamento. Um filho é a criação mais biológica que alguém pode experimentar.

O pensamento existencial-criativo pode surgir na forma de “iluminação”, “insight”, “sacada”, “descoberta”. Ele traz consigo a satisfação da descoberta de um mistério, um segredo, e transforma toda sua realidade anterior.



Exercício mental

1. Quais os tipos de pensamentos que você tem tido no dia de hoje?

2. O que são pensamentos de meta e sua importância para a motivação pessoal de cada uma destas personalidades: Hitler, Gandhi, Jesus, Buda, milionários, esportistas, um mendigo?

3. Pensamentos geram realidade. Quais foram os pensamentos decisivos que o conduziram até o profissional que você é hoje?

4. Doutrine e respeite seus pensamentos circunstanciais. Listas de compras, de presentes, afazeres etc. são produzidas nos lobos frontais, e a escrita auxilia a memória. Habitue-se a usar agenda e isso o auxiliará na execução de tarefas. Pode prevenir certas demências e acredita-se que até mesmo o Alzheimer.

5. Identifique seus pensamentos de metas (o que você quer fazer na sua vida? O que você quer ser?). Vale a pena escrevê-los, isso ajuda. Entretanto, precisamos ser flexíveis porque, assim como as pessoas mudam e morrem, as metas sofrem mudanças por interferências externas e internas. Portanto, sugiro organizar suas metas para um ano, para cinco anos, para dez anos e para uma vida inteira. Pense: quantos anos acredita que viverá e o que estará fazendo no seu último dia de vida?

6. Valorize e registre seus pensamentos existenciais-criativos (sua documentação, sobretudo em sua forma artística, como na forma de livro, quadro, novas receitas culinárias, arquitetura, moda, trabalhos científicos, “insights”, esses ficarão para a humanidade!).

7. Use a fórmula matemática a seguir para classificar qualquer pensamento seu que chame sua atenção. Os extremos de pontuação (100 ou -100) requerem uma atitude concreta!



Classificação dos pensamentos:

A – qualidade: (1) bom, (-1) ruim

B – origem: (10) dos outros, (20) sua mesmo

C – frequência: (10) passageiro, (20) persistente

D – teor: (10) transformador, (20) construtivo

E – essência: (10) trivial, (20) circunstancial, (30) romântico, (30) meta, (40) existencial-criativo.



Fórmula: A x (B+C+D+E)

Atitudes em pontuações extremas:

100 – deve ser documentado e concretizado. Você precisa fazê-lo por meio de arte ou ciência.

-90 e -100 – devem ser discutidos com um profissional da área da saúde mental.