POR: MARIO INGLESI
Um amigo, estudante do direito já há algum tempo, revisita em rica e generosa perspectiva o tema saúde e economia, apresentado no blog em: http://saudeconsciencia.blogspot.com/2011/07/saude-e-economia-dois-lados-da-mesma.html
Caro amigo, espero que tenha se recuperado completamente do desconforto de ter sido acordado por um telefonema inesperado e invasivo.
É preciso pensar com certa aquiescência que tal telefonema continha em seu teor uma mensagem privilegiada, uma vez que era, em última instância, prestadora de um serviço inquestionável ao seu interlocutor. A oferta de um empréstimo, sabe-se lá por qual montante. Ainda bem que sua compostura e grau de educação foram de uma benesse incomensurável para com a interlocutora, pois na maioria dos casos os maus-tratos e palavras de baixo calão cobrem a pobre coitada, que além de trabalhar horas a fio nesse serviço não só estafante como estressante é infimamente paga não cobrindo, logicamente, seus compromissos diários, inclusive com comprimidos, psicanalistas e em última instancia com médicos. Isso – acredito foi muito bom para ela e poderia até ser melhor para o doutor, caso aceitasse a oferta. Já pensou o que poderia fazer com a dinheirama toda? Talvez, comprar um novo aparelho de TV de muitas e muitas polegadas, bem mais moderno com reprodução em HD, som estereofônico, através de inúmeros alto-falantes que o acompanham; ou então comprar um microondas para facilitar sua vida doméstica, ou um aparelho de DVD reprodutor de filmes em Blue Ray –imagine como o seu viver seria muito melhor – isso sem contar no prestígio que tudo isso lhe traria junto aos seus amigos e colegas de ofício, que não foram, infelizmente obsequiados com tais privilégios!… Mas, para isto, logicamente teria que pedir outro empréstimo e mais outro, ou financiamentos para a compra de outro apartamento de metragem compatível com seu status e, obviamente, para comprar outro carro. Afinal, será preciso receber e mostrar a todo mundo o seu poderoso ego, agora, mais inchado do que nunca.
Entretanto, lamentavelmente, tudo isso foi jogado às traças, sem mais nem menos, com algumas simples palavras de agradecimentos, acompanhadas de um suave e terno BOA NOITE.
Cá entre nós, que ninguém nos ouça: Êta coragem das grandes! Desprezar o mundo maravilhoso do TER em favor do SER atualmente dirão é insanidade precoce. Ninguém resistiria e não resistem a tantas conquistas imediatas. Veja-se ao redor o que acontece: financeiras mil, espalhadas por todos os cantos, cartões de crédito, aos borbotões, aparência em alta, status, competição, envolvendo homens, mulheres e até jovens e crianças, nessa bola volumosa de coisas que redundam em outra bola ainda muito, mas muito maior, chamada dívida, inadimplência, caos.
Como Drummond, todos devem estar declamando, talvez em solilóquio:
E agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
que faz versos,
que ama, protesta?
E agora José.
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu e
tudo mofou
e agora José?
Mas, e daí, poucos conhecem “José”. Não lhe dão importância. O que realmente interessa mesmo é que o Brasil floriu de repente. Loas e loas são cantadas em todos os cantos do País pelos governantes, pela indústria e comércio e, pelos importadores de bugigangas da China, sob o clima de: O Brasil cresceu, a nova classe B surgiu. Viva! Viva! Comprem, comprem, comprem mais e mais. É o pais das maravilhas. Pena: não o da Alice, de Lewis Caroll.
Com sua atitude, o Doutor manifestou sua consciência de que nada daquilo tinha grande importância imediata e que, caso tivesse, poderia adquirir aos poucos e quanto pudesse, sempre em compatibilidade com seu orçamento, sem compulsões, euforias e principalmente sem dívidas e seus juros e mais juros. Como também, no caso, principalmente, preservou sua saúde, evitando dores de cabeça, estresses, noites de insônia e tudo o mais que aparece quando se tem problemas insolúveis como o gigantismo das dívidas e seus juros sobre juros.
Abraços, estes sim, com juros e correção monetária que sempre me apraz pagar, pois conscientes e saudáveis.
Mário Inglesi 23/07/2011
Oi querido anjo da guarda quanta riqueza encontramos no seu espaço, pois podemos obter muitos conhecimentos porque nesse aartigo AINDA SOBRE SAÚDE E ECONOMIA – DOIS LADOS DE UMA MOEDA podemos ver a qual extremo o ser humano pode chegar com tantas opções que temos em fazer empréstimos entre outros benefícios, porém ainda são poucas as pessoas que param para analisar a sua situação financeira e aceita tudo o que lhe é proposto.
ResponderExcluirE isso vai virando uma bola de neve que cresce a cada dia, e permanecemos em uma posição na qual não encontramos solução.
O pior de tudo isso é que perdemos a saúde ficamos stressados passando noites em claro tentando encontrar uma solução. Não existe coisa mais chata do que a pessoa finalizar o seu dia com a preocupaçao de ter uma dívida e não ter como pagar.
Concluindo devemos ultilisar a propósta de acordo com que podemos. Para evitar preocupações e conservar a saúde.
Beijos.
Parabéns!!!
Michele Medeiros.
Viu só como tem jeito? Hay que luchar, "pero sim perder la ternura", pués "vivir és mui peligroso" como decia nuestro amiguito Riobaldo, hijo de nuestro querido J.G.Rosa.
ResponderExcluirBesos e juizio para todos.