Dentre os próprios poetas, Tsvetaeva faz uma distinção entre aqueles que qualifica de "sublimes" e aqueles que julga "imensos". Os poetas sublimes são os que gostariam de permanecer nas alturas do céu, como Hölderlin. Os poetas imensos - como Goethe - são apenas visitantes dos cumes em que Hölderlin se refugiou, mas por esse fato, podem ver tudo e ouvir tudo: no céu, na Terra e entre os dois. "O poeta imenso - inclui - e reequilibra." O gênio não deve romper com o restante da humanidade. "O gênio: uma resultante de forças opostas, isto é, no fim das contas um equilíbrio, isto é, uma harmonia."...
O poeta não substitui o sacerdote. "O poeta não é o que há de maior [...]. A esfera do poeta é a alma. Toda a alma. Acima da alma há o espírito, que não tem nenhuma necessidade dos poetas. Se o espírito tem uma necessidade, é de profetas." O poema só é uma prece porque faz apelo ao mundo do espírito, mas não serve a Deus - ou então serve a todos os deuses, os da carne e os do espírito, a natureza e a graça. É preciso deixar de tomar "a força pela verdade e o charme pela santidade!"
Fragmentos do livro: "A beleza salvará o mundo" - Wilde, Rilke e Tsvetaeva: os aventureiros do absoluto.
Tzvetan Todorov
O poeta é uma das coisas mais bela que existe porque a inspiração foi dada por Deus pois os poetas acalma nossos corações. parabéns bjos
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