Por Ana Cristina Guimarães (Médica Dermatologista – livre
pensadora)
Relativo a:
http://saudeconsciencia.blogspot.com/2011/09/saude-x-doenca-geracao-z-tdah.html
http://saudeconsciencia.blogspot.com/2011/09/sindromes-uma-reflexao.html
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"Ao invés de deixar o mundo melhor para seus filhos,
pense em deixar filhos melhores para o mundo"
Primeiro, a escolha da
escola.
Quantos de nós reclamamos
das escolas, mas na hora de decidir onde os filhos irão estudar nos preocupamos
apenas com os resultados que freqüentemente aparecem nas matérias de jornais?
Devemos escolher uma escola que dê valor à formação e não ao depósito de informação,
preparar para provas de ENEM ou vestibulares, e esta escolha é NOSSA responsabilidade.
Reclamamos... Meus filhos
não lêem nada, não têm interesse etc. Mas dedicamos tempo lendo um livro com
eles? Mostramos matérias interessantes nos jornais? Ou apenas compramos o
videogame mais caro? Também NOSSA responsabilidade...
Meus filhos têm TDAH, DM,
TPM, e tomam medicamentos tarja preta, a culpa
é do médico e do sistema? Ou será NOSSA
RESPONSABILIDADE? Levamo-los ao clube, jogamos futebol, vamos fim de semana
à praia; ou passamos 12 horas trabalhando para comprar um BMW e chegando em
casa cansados, ligamos a TV dando apenas um “OI” desanimado quando eles vêm nos
cumprimentar...
Precisamos estar atentos
às nossas atitudes, pois mesmo sabendo de tudo que o Sr. Mário Inglesi pertinentemente
nos mostrou, podemos de alguma maneira estar contribuindo para as coisas
estarem como estão...
Veja esta análise sobre a questão da disciplina: "Palmadas, chineladas e porradas da educação ausente" em:
Veja esta análise sobre a questão da disciplina: "Palmadas, chineladas e porradas da educação ausente" em:
O sistema que estamos
criticando não caiu do céu dado por uma nave alienígena, esta aí por nossa responsabilidade.
Nossos pequenos atos do dia a dia podem parecer não ter conseqüências, mas
quando somados se transformam no que estamos vivendo hoje. É preciso coragem
para encarar este fato, mas uma vez isto feito podemos iniciar pequenas
mudanças em nossas vidas que no futuro se espelharão numa sociedade melhor.
Circula também na rede, o seguinte fragmento:
Cenário 1: João
não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
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· Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado
esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e até umas
reguadas nas mãos e volta tranqüilo à classe. Esconde o fato dos pais com medo
de apanhar mais. Pronto.
· Ano 2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o
diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção
em ADD, o psiquiatra receita Rivotril.
Transforma-se num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho
incapaz e processam o colégio.
Cenário 2: Luis, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro.
· Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas
sonoras bordoadas no traseiro. A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra
nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma
num profissional de sucesso.
· Ano 2011: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O
condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinqüe e fica
preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua
professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
· Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua
brincando.
· Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar
das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais
processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência,
ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda
depressão e se suicida.
Cenário 4: Disciplina escolar
· Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor
nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando
em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não
incomodávamos mais ninguém.
· Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos
pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso
velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma
moto nova para o filhinho.
Cenário 5: Horário de Verão.
· Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno
para horário de verão. Nada acontece.
· Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno
para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de
apetite, nas mulheres aparece até celulite.
Cenário 6: Fim das férias.
· Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família
enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar após 15 dias de sol na
praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
· Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all
inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono,
"panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de
readaptação.
Cenário 7: Saúde.
· Ano 1959: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS
aguardávamos 2 horas para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos
os remédios e melhorávamos.
· Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde.
Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui
a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é
câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica
um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos
e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 8: Trabalho.
· Ano 1959: O funcionário era "pego fazendo
cera" (fazendo nada). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia
trabalhar.
· Ano 2011: O Colaborador pego
"desestressando" é abordado gentilmente pelo gestor que pergunta se
ele está passando bem. O colaborador acusa-o de bullying e assédio moral,
processa a empresa que toma uma multa, o colaborador é indenizado e o gestor é
desligado.
Passado,
presente e futuro, três “lados” da mesma moeda...
Em que lado
você se vê?
A primeira mudança é na NOSSA consciência e nas NOSSAS atitudes!!!
É isso. A coisa não precisa ser resolvida na "porrada", mas, tem de haver limites, tem de haver responsabilidades. Não justifica premiar as crianças e, ao mesmo tempo tratá-las como vítimas. As crianças não são isso. Elas têm as suas personalidades que precisam ser respeitadas mas, também corrigidas. Se assim não for, o ser fica perdido, sem identidade, tratando pais, professores, empregados, a todos como seus subalternos. E aí, nos perguntamos: e se algum dia faltar esse suporte financeiro que os pais, acham ser suficiente para os filhos? E as leis? Serão elas, criadas às vezes por corruptos, tåo eficientes para defender aqueles considerados mais fracos e que no fundo estão levando a todos a um abismo sem saída? Violência sempre tem de ser combatida, mas, tem de haver uma visão mínima sobre o certo e o errado. Senão pode descambar pro lado oposto.
ResponderExcluirAbraço.
Boa noite!
ResponderExcluirObrigada.
Os assuntos estão sempre de acordo com a nossa realidade. Que bom poder participar.
Eu acho que mesmo umas palmadas dadas sem ódio, no momento necessário é benéfico. O difícil é o controle emocional.
Mas pior do que as palmadas, é o silêncio mortal, que acontece em diversos lares, independente da classe social. Onde as crianças são ignoradas, carente de todo o tipo de afeto. Isso sim é um caminho certo para as doenças. Nada substitui a presença, o amor, e o afeto.
Não é um corretivo, uma palavra necessária na hora certa, um não ,que trará um adoecimento.
O que transmitimos com o sentimento, que é o mais importante. Cuidado com o que pensamos e sentimos,
A criança é suscetível, a qualquer ação e reação do adulto, e muito sensível também.
Sejamos um adulto consciente, equilibrado e alegre . E saberemos agir na hora certa.
Faça o que eu mando, mas...não faça o que eu faço !Isto acrescido da ausência do AMOR,é dez vezes pior que os remédios de tarja preta.,acrescidos dos direitos humanos totalmente distorcidos: dos bandidos, dos menores mal formados, dos sem terras e invasores(coitadinhos),da liberdade total dos alunos, e da falta de vergonha a quem cabe julgar e administrar tudo isso, o caminho só pode ser um O CAOS, A BADERNA.Não é esse o quadro que inspirou nossa querida doutora, inconformada com ele, que nos mostra caminhos para solucionar tal situação?Concordo totalmente com a Dra.Cristina e com a pregação constante do Dr.Ricardo de que a primeira mudança deve ocorrer nas CONSCIÊNCIAS e nas ATITUDES , dos pais, dos educadores, dos educandos, mas também nos poderes da República:Executivo, Legislativo e Judiciário, que parece estarem POLUÍDOS E ADORMECIDOS.
ResponderExcluirÈ as coisas podem ser resolvidas de uma maneira mais calma. Hoje se pocura o lado mais difícil, porque será?
ResponderExcluirSerá que as coisas precisam chegar a certo extremo? Parabéns!
Ser ou não ser?Ter ou não ter?Ser ou não ter?ter ou não ser?Será que o homem É o que ele TEM que SER?Será que o homem tem o que ele é tendo?Direitos e deveres, são as duas faces do ter e do ser.Hoje em dia, parece que no mundo inteiro, predomina a hipocrisia, supervalorizando os direitos e minimizando os deveres.A confusão está formada e muito realmente aclareada nos filmes(cidade de Deus, e O menino da bicicleta, p. Ex.)Um alô:"não deixemos o pau nascer torto, porque não terá mais geito,ele morrerá torto.Somente é possível entender de :fome, miséria, quem viveu esse STATUS!A vida é curta para os intelectuais apreenderem o que é atitude ou consciência, imaginem os míseros "é móis" ,os mal formados, ou não formados(formam a maioria , sabiam?mais de 80/100), quanta incapacidade para saberem o que é certo ou errado, ou o que é ser bom, ou fazer o bem.Às vezes, uma vida só, é pouco, para tantos aprendizados, principalmente aquele que torna o homem mais Humano(educado), ou mais espiritualizado(descobrir dentro do seu EU, a presença real de DEUS)VIVER,MORRER,APREENDER,VIVER ATÉ NÃO MORRER MAIS.Um forte abraço aos amigos Dra .Cristina, e Dr. Ricardo.
ResponderExcluirVivemos em uma época em que há muitos direitos e poucas obrigações. A criança não respeita ao professor e nada acontece, o professor briga com o aluno que está atrapalhando a aula, o professor é punido. Uma vez tirei a apostila de uma aluna, 14 anos, que fazia lição de uma outra disciplina, simplesmente cheguei em sua carteira e tirei a apostila, a aluna me mandou para um lugar muito feio, a escola não tomou nenhuma providência. Eu insisti em falar com a mãe da aluna, a mãe virou para mim e disse que a culpa era minha, defendeu a atitude da filha na frente da adolescente. Eu só pude lamentar, e pensar q a jovem seria minha aluna por no máximo mais 3 anos, enquanto seria filha daquela senhora para o resto da vida.
ResponderExcluirSão esses seres que estamos formando, seres sem respeito, sem educação, sem conhecimento, mimados. Seres que só conhecem o EU e o QUERER.