quinta-feira, 8 de maio de 2014

TEO-TROPISMO - SAÚDE AVANÇADA

       Mineral, Vegetal, Animal, Humano;

      Magnetismo, Heliotropismo, Geotropismo, Teotropismo...

      Coincidência, Consciência ou Consequência linguística?

      Em português, todas as letras da palavra Deus estão em Saúde!

      Saúde é vida é sentido é luz. Luz visível aos olhos ou ao coração...


POR HUBERTO ROHDEN - PROFESSOR E PENSADOR BRASILEIRO 


É este o inexplicável mistério de todas as coisas creadas:

Quando as procuramos – fogem de nós...

Quando as agarramos – diluem-se em nossas mãos...

Quando lhes saboreamos a natural doçura – enchem-nos a boca de fel...

Quando delas enchemos a nossa vida – abrem dentro de nós o vácuo do deserto...

Mas, quando nos desapegamos das creaturas e vamos em demanda do Creador – elas correm em nosso encalço, prendem-se a nós e conosco querem ir para Deus.

Pois, como, sem nós, só podem atingir parcialmente o seu fim, conosco e por nós o querem alcançar plenamente.

É este o estranho teo-tropismo de todas as coisas da terra:

Desconfiam do homem que as procura e delas se enamora – e tem confiança no homem que delas se afasta por amor a Deus.

Para fugir das creaturas não é necessário submergir na solidão do deserto – basta, e é necessário, desprender delas o coração.

Crear na alma um ambiente de serena neutralidade, de perfeita libertação.

Pode o homem se escravo daquilo que não possui – e pode ser livre daquilo que possui.

Não há mal em possuir – todo o mal está em ser possuído.

É triste a condição do homem que, em vez de possuir as creaturas, é delas possuído ou possesso...

É razoável a atitude do homem que se despossui das creaturas para não ser por elas possuído.

É sublime a liberdade do homem que sabe possuir as creaturas sem ser por

elas possuído.

Herodes não possuía – era possuído.

João Batista não possuía nem era possuído.

Jesus Cristo podia possuir sem ser possuído.

O homem perfeito, o gênio da espiritualidade, depois de se desfazer das creaturas que o escravizaram, pode a elas tornar, sem perigo de cair vítima de sua tirania.

“Tendo tudo – sem possuir nada” (São Paulo).

Contempla todas as coisas da sua perspectiva superior, aureolado da luz divina, imerso na atmosfera da sua grande liberdade interior...

À luz dessa gloriosa liberdade dos filhos de Deus, falava um dos espíritos mais livres do mundo com o “irmão lobo”, com a “irmã cotovia” e entoava o “cântico do sol”, até da “irmã morte”, sintonizando a mais intensa onda poética com a mais sublime onda religiosa.

Para ele, religião era poesia – e poesia era religião.

Ao som da sua grande liberdade interior, celebrava Francisco as núpcias do Evangelho e da Natureza...

Diluía-se o heliotropismo de sua alma sedenta de Beleza no teo-tropismo de seu espírito faminto de Verdade...

E reconquistou o paraíso perdido.

Um comentário:

  1. Seria um tanto quanto egoísta dizer: "gostei"! Soaria mais como um "Egostei"! .rsrsrs.. Mas talvez seja o Eu, que na penumbra do Ego tenha sentido um pouco do calor irradiado... sair do Ego..., passando pelo Geo... ir para o Helio... com vistas do Teo... muito , muito obrigada! MP

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