segunda-feira, 1 de outubro de 2012

SAÚDE E ORGULHO - TAPETE OU CAPACHO




Dizia o capacho ao tapete:
- Como eu gostaria de ser como você: sempre limpo, vistoso e apreciado por todos!
        O tapete então respondia orgulhosamente:
- Pois é, sou muito bem tratado e cuidado, pois as pessoas me poupam da sujeira, limpando os pés primeiro em você. Assim posso conservar sempre vivas minhas cores e minha maciez. Não suportaria ser como você, frequentemente recebendo a sujeira dos outros, pisado e maltratado.
Algum tempo depois, houve uma grande enchente naquele local. Muitas casas foram atingidas, inclusive aquela onde moravam o tapete e o capacho. Após a tempestade, os moradores uniram-se em mutirão para fazer a limpeza do local. Encontraram o tapete e o capacho cheios de lama. Na tentativa de recuperá-los, lavaram os dois igualmente. Entretanto, notaram que o capacho, por ser mais resistente, voltou ao que era antes, ao passo que o tapete, não acostumado com os reveses da vida, não suportou a situação: ficou irrecuperável. E como perdeu função, foi jogado no lixo.


Autor desconhecido

12 comentários:

  1. Estejamos atentos aos que levam a vida sempre sorrindo...
    Sister

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    1. Caramba Sister!

      Que forte isso!

      Eu diria que suas palavras são como que uma tapetada no topete do capacho capaz...

      Brother

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    2. Cadê a alegria do capacho?Faltou o seu próprio reconhecimento, faltou autoestima, não acha?

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    3. Pois é,

      Parece que ele só conseguia ver o que os outros eram e se comparar, nem percebia que ele era também! Como você assinalou bem, faltou autoestima. Sua referência era o outro; ele mesmo era vazio de valor.

      Acho que isso tem muito a ver com aquela perguntinha que os menos avisados fazem para as crianças e que destrói a vida delas precocemente: "O que você quer ser quando crescer?"

      Como assim, quando eu crescer? A criança já É, e ser reconhecida como tal, liberta e fortalece sua musculatura psíquica, no sentido de desenvolver a autoestima. Criança que é projetada na incerteza do futuro, geralmente faz escolhas baseadas no ter e nos valores que as circunstâncias à sua volta naquele contexto apresentam como reais e significativas. Ser jogador de futebol, bombeiro, médico ou fora da lei são alternativas que afastam o Ser que É CRIANÇA na direção do ter uma "profissão"; a criança deixa de professar seu ser para ser profissionalizada; este processo não é adultificação mas adulteração e pede atenção.

      Autoestima é diferente de orgulho, degeneração daquela; fortalecer a autoestima é prevenir a autodestruição, não acha?

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  2. Interessante, que se pensarmos do ponto de vista espiritual, acabamos por desejar ter uma vida de capacho para suportamos liçoes e aprendizados maiores. Mas na maior parte das vezes agimos como tapete. Incongruencia que teremos que suportar. Abraçs e obrigado pelo texto.

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    1. Interessante sua leitura do ponto de vista espiritual!

      Em meu entendimento, a pessoa que deseja ter uma vida de capacho tem tendência masoquista e gosta de sofrer; de forma diversa, a espiritualidade está ligada ao ofício sagrado ou sacro ofício ou ainda como a linguagem moderna sincopou, o sacrifício. O sofrimento é passivo e caracteriza o homem que escolheu viver na passividade da horizontal, já o sacrifício, implica em escolha e atitude, qualidades que acompanham o homem em busca da verticalidade.

      Acho que nem tapete, nem capacho...

      A questão é a SAÚDE que germina da simplicidade do Ser e que se dissolve na medida do orgulho e da soberba.

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    2. Ser ou não ser, eis a questão!!

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  3. A vida é uma questão de sobrevivência...
    E sobrevive aquele que melhor se adapta e assimila os revezes da vida!!!
    Perda de entes queridos, separações, desemprego, perseguições, desilusões estão indo e vindo no cenário da vida.
    Aquele que aceita e comprende esta dinâmica de mudança constante busca na essência do ser é sua fortaleza.
    Esta essência possui vários nomes, como: princípios, valores, ética, etc.
    Busque sua essência, assim como na história do capacho que decobriu que sua força, seu SER, foi mais útil ampliando sua existência. Sem igual sorte o tapete não pode suportar e resistir ao grande infortúnio da enchente e da lama.
    Adaptar-se, absorver e sobreviver aos revezes da vida, mas sempre buscando o equilíbrio e a saúde do SER.
    Muito interessante o texto que transmite ideias importantes para reflexão.
    Obrigado!!!
    Cristiano Lemes Garcia

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  4. Gostei de suas colocações. Cristiano.
    O texto também fala, que cada um tem sua função, sua importância. Cabe cada um reconhecer isso.
    O material muitas vezes é descartável, infelizmente alguns humanos também pensam que são descartáveis, desnecessário.
    Enquanto procurarmos fora, nunca vamos encontrar.
    Sejamos completos hoje.
    Felicidades.

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  5. Procurar dentro e fora.Evitar o meditabundo sarcástico e sempre de cara feia, é bom.Procurar e se fazer sempre sorrindo é melhor.É no inconsciente coletivo e na consciência que devemos procurar a moral dessa fábula e porque nāo o melhor caminho para nossa vida.Aproveitemos a parte boa do tapete e do capacho e ficaremos mais ricos no SER.beeijos e obrigado.

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  6. Muito bom!
    Vivemos no equilíbrio dinâmico entre o tapete e o capacho. Encontrar esse equilíbrio eu chamaria de paz... como é belo encontrar a cada dia um novo equilíbrio para isso.

    Márcia

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