POR: MARIA INEZ DE ALMEIDA LEME GUIMARÃES
Ri, acabei seu
livro!
É como se
eu tivesse encontrado já escrito muito daquilo que penso e, portanto concordo.
Achei tudo muito pertinente. Tive também a sensação (mais no final), de certo pessimismo na visão do Mário, uma visão meio conformada, como se as coisas fossem do jeito que são, e não valesse a intenção de querer que sejam diferentes.
Achei tudo muito pertinente. Tive também a sensação (mais no final), de certo pessimismo na visão do Mário, uma visão meio conformada, como se as coisas fossem do jeito que são, e não valesse a intenção de querer que sejam diferentes.
Não sei se
eu teria colocado algumas das observações dele (se fosse meu livro), mas admiro
a sua coragem, pois algumas vezes ele vai contra seu pensamento e você não teve
receio de outras pessoas se identificarem mais com ele (no sentido de: tá
vendo, essa é a verdade... o autor está exagerando).
Então no
começo tive a impressão do Mário estar totalmente do seu lado (às vezes
até parecendo que as palavras dele vinham apenas reforçar as suas). Mas no
final a visão foi ficando mais divergente, acho que talvez até pelo maior tempo
de "convívio" e consequentemente uma abertura maior para discordar (também
com o coração!).
É isso...
Apenas para
finalizar algumas reflexões:
Algo que
penso:
Em casa
somos o que fomos. Fora dela, fomos o que somos.
Frase que
gosto:
"Não
podemos conduzir alguém a ir além do ponto no qual nos encontramos".
Trecho de
um poema que fala um pouco do que acho de você (quem sabe de mim também, já que
essa coisa de projeção é mecanismo tão comum):
“Eu celebro
a mim mesmo
E aquilo que assume você deve assumir
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você (…)
Me contradigo?
Pois bem, então…. Me contradigo;
Sou vasto…. Contenho multidões.
Me concentro nos que estão perto…. espero à porta.
Quem terminou o batente e vai jantar mais cedo?
Quem quer passear comigo?
Você vai falar antes que eu vá embora? Ou se virar quando já for tarde demais?
O falcão pintado dá rasante sobre mim e me acusa…. reclama da minha conversa fiada e da minha preguiça.
Também não sou facilmente adestrável, também não sou facilmente traduzível,
Solto meu grito bárbaro sobre os telhados do mundo (…)
Não me cruzando de primeira não desista,
Não me vendo em um lugar procure em outro,
Em algum lugar eu paro e espero você.”
(Canção de mim mesmo – Walt Whitman)
E aquilo que assume você deve assumir
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você (…)
Me contradigo?
Pois bem, então…. Me contradigo;
Sou vasto…. Contenho multidões.
Me concentro nos que estão perto…. espero à porta.
Quem terminou o batente e vai jantar mais cedo?
Quem quer passear comigo?
Você vai falar antes que eu vá embora? Ou se virar quando já for tarde demais?
O falcão pintado dá rasante sobre mim e me acusa…. reclama da minha conversa fiada e da minha preguiça.
Também não sou facilmente adestrável, também não sou facilmente traduzível,
Solto meu grito bárbaro sobre os telhados do mundo (…)
Não me cruzando de primeira não desista,
Não me vendo em um lugar procure em outro,
Em algum lugar eu paro e espero você.”
(Canção de mim mesmo – Walt Whitman)
Na
sociedade materialista em que vivemos, leva-se muito em conta o acúmulo de
informações intelectuais, onde se enaltece aquele que "sabe" muito, e
É muito pouco.
Quem sabe,
entende.
Quem É,
ensina.
Quem sabe,
aprendeu.
Quem É,
viveu.
Quem sabe,
pensa.
Quem É,
sente.
Quem sabe,
transmite sabedoria.
Quem É,
transborda essência.
Quem sabe,
acredita saber.
Quem É,
crê no ser.
Conforme bem
lembra Gurdjieff: "Dois homens, entretanto, podem diferir em seu ser mais
que um mineral e um animal. É exatamente o que as pessoas não compreendem. Não
compreendem que o saber depende do ser. E não só não compreendem como não
querem compreender. Na civilização ocidental, muito particularmente, admite-se
que o homem pode possuir um vasto saber, pode ser, por exemplo, um sábio
eminente, autor de grandes descobertas, um homem que faz progredir a ciência e,
ao mesmo tempo, pode ser e tem o direito de ser um pobre egoísta, discutidor,
mesquinho, invejoso, vaidoso, ingênuo e distraído. Parece que aqui se considera
que um professor tem sempre que esquecer seu guarda-chuva. E, no entanto, este
é o seu ser. Mas, no Ocidente, pensa-se que o saber de um homem não depende do
seu ser. As pessoas dão o maior valor ao saber, mas não sabem dar ao ser valor
igual e não tem vergonha do nível inferior de seu ser. Não compreendem sequer o
que isto quer dizer. Poucos compreendem que o grau do saber de um homem é
função do grau de seu ser."
Parabéns irmão mais velho, e que Deus e seus astros nos ajudem a Ser o nosso
melhor.
Um beijo da Irmã Maria Inez 19/06/2012
Ri, estou de queixo caído e muito, muito feliz de pertencer a essa família. O que vocês me oferecem é uma riqueza impagável. Acabei de reler o texto da Maria Inez em voz alta para o Rafa escutar. Amo vocês!
ResponderExcluirRica, obrigada. Estou me sentindo mais feliz depois de ter lido esse comentatio da tua irma, Maria Inês. Me solidariso com a irma que ama e se orgulha do irmao que tem !
ResponderExcluir"Em casa somos o que fomos. Fora dela, fomos o que somos"
Beijao pra vcs.
Shirley
Pra amar e glorificar nossos irmãos não é necessário depreciar a quem quer que seja, não é verdade?
ResponderExcluirNo mundo não existe só a nossa família. No mundo, todos nós pertencemos a uma única família
- A FAMÍLIA HUMANA -.
Pensem nisso!!!
Caro amigo/a desconhecido/a,
Excluir"De profundis" é vero seu pensar, e o compartilho! A depreciação é uma das formas de negação ao fluxo do amor. "De profundis", só nós mesmos temos o poder de nos depreciar, e absolutamente ninguém mais pode fazê-lo. Me corrijo em um caso excepcional apenas: no caso daqueles que ainda precisam trabalhar sobre o hábito do orgulho. Digo isso, pois o orgulhoso, grosso modo, necessita da aprovação do outro. Nesta necessidade de aprovação, se permite depreciar, NUNCA por poder do outro, mas geralmente pela necessidade corretiva de um estado não pleno do ser interior da pessoa orgulhosa.
Muito bem lembrada sua colocação de que a família é humana! Convido-o/a a ler a página 191 do livro "Saúde é Consciência - Medicina da Saúde x Medicina da Doença", o capítulo: "A família forma ou deforma?" e se possível, na medida de sua possibilidade e busca por sentido, possa escutar a música sugerida logo abaixo do título... No texto, o convite justamente feito pelo Sr./a, amigo/a desconhecido/a, de parar de olhar para a família sob o rótulo do pronome possessivo (meu, minha...) e passar a vê-la como realmente ela é: NOSSA e humana.
Gratidão pela sua participação aqui irmâo/ã
Pensemos nisso juntos caro/a desconhecido/a
Queridos Mário e Maria ou ainda Sr. Inglesi e Sra. Inez,
ResponderExcluirConforme Leo Festinger e sua ideia da “dissonância cognitiva” – informações que contradizem visões prévias sustentadas -, me alegro nesta troca! Quantas vezes presenciei companheiros evitando ao máximo a dissonância cognitiva, e nesse sentido se encolhendo, recolhendo e mesmo apequenando-se apenas para caber na compreensão de seus pares. É preciso coragem para ser crítico, mas não menos para ser criticado. Nesse sentido, Maria, percebo toda crítica ao que penso, como forma de expansão e não diminuição ou mesmo contrariedade. Muitas vezes, não é coragem, mas humildade a habilidade necessária para encontrar no próximo aquilo que nos falta. Se formos atentos, perceberemos em cada colocação do Sr. Mário, não apenas a humildade de um Ser pleno, mas a coragem de compartilhar sua sabedoria de forma generosa comigo, que tanto tenho a aprender, e também com os leitores e portanto nossos "juízes".
Surpreendo-me demais com a coincidência de seus nomes Mário e Maria, o que me faz pensar... Não bastasse isso, Inglesi e Inez, duas medidas sonoras quase uníssonas... Estudioso de coincidências que sou, guardo mais esta para a coleção e levo vocês dois em meu coração. Só posso lhes agradecer o imenso prazer desta caminhada tão rica e conjunta nesta existência tão breve...
Um beijão com amor e gratidão no coração de vocês, irmãos de caminhada.
Ricardo
COMENTARIO PARA O BLOG
ResponderExcluirSegundo Maria, falando de Mário, para Ricardo:" Achei tudo muito pertinente. Tive também a sensação (mais no final), de certo pessimismo na visão do Mário, uma visão meio conformada, como se as coisas fossem do jeito que são, e não valesse a intenção de querer que sejam diferentes.
Não sei se eu teria colocado algumas das observações dele (se fosse meu livro), mas admiro a sua coragem, pois algumas vezes ele vai contra seu pensamento e você não teve receio de outras pessoas se identificarem mais com ele (no sentido de: tá vendo, essa é a verdade... o autor está exagerando) “.
Coragem? Sinto muito Maria mas, discordo da sua colocação. Mário não é pessimista, faz colocações que, por vezes vão de encontro as afirmações de Ricardo, outras vezes complementam seu pensar e outras ainda são visões diferentes, porém, precisas.
Li o livro uma vez e já estou na segunda leitura do mesmo livro. Sinto-me encantada com as colocações e idéias do autor e os textos subseqüentes do co autor. Fazem uma dupla que instiga o pensar, a reflexão, a leitura leva a questionamento profundos, descobertas, recordações e acréscimos. "Dupla dinâmica" onde um escreve e o outro complementa ou da uma visão diferenciada da mesma situação e, nesta busca, nesta troca, nesta interação, também interagem, de maneira ímpar, com o leitor.
Sabemos que o crescimento humano, internamente falando, ocorre muito mais nas divergências do que nas concordâncias e que os "améns da vida" levam a uma situação de acomodação, de alienação e não de crescimento.
A colocação feita por você, leva o leitor a pensar que existe ou deveria existir uma competição entre Ricardo e Mário, erroneamente.
Na primeira vez que li este livro me senti inebriada, encantada com os textos e desta vez, lendo e relendo o livro, internalizo cada vez mais as idéias escritas e expostas por ambos, ou seja, por Ricardo e por Mário.
Somos responsáveis por aquilo que escrevemos e a colocação que você faz acima é perigosa, me parece que um tanto influenciada, parcialmente, por emoções vividas e sentidas dentro da celula mater da sociedade.
Como colocado nos últimos comentários acima, aliás, muito sabiamente, somos ou deveriamos ser uma grande família humana, pelo menos é essa a idéia que o livro tenta transmitir ao leitor.
De qualquer forma Maria, concordo com a frase que você tanto gosta, citada a seguir: “Não podemos conduzir alguém a ir além do ponto no qual nos encontramos".Porém, acrescento aí, o meu pensar: “...Devemos sim, tentar conscientizar este alguém de tal ponto, ou de pontos que o levem além...", pois, conduzir é um termo nada democrático e Ricardo e Mário transmitem ao leitor justamente esta questão, a da conscientização, do amor universal, da auto descoberta e acima de tudo do respeito ao outro, embora este outro possa ser, muitas vezes, tão diferente de você.
Parabéns Dr Ricardo José de Almeida Leme e Sr Mario Inglesi! Este livro passa ao leitor a idéia do nascimento de dois grandes autores e espero, sinceramente, que venham mais textos e mais livros para o deleite, aprendizado, interação e conscientização de todos nós, seus leitores.
Grata
Vania Cacia Echeverria
Cara Vania!
ResponderExcluirMe alegro na pertinência e bondade de suas palavras! O ímpeto do jovem de nada serviria, não fosse a continência da sabedoria daquele outro jovem que viveu mais. Essa continência do artista que esculpe o tempo em formação. Tempo em alguns argila, em outros granito, mas sempre tempo...
Esculpir o tempo, que aventura não?
Parabéns a você também! Especialmente pela lembrança sonora que seu nome me inspira - "essa verdade" (Echeverria)
Do amigo,
Ricardo
Um casal procurou, certa vez, um velho rabino que tinha um rabino jovem como assistente. “Não aguento mais este meu marido lerdo, que nunca faz nada, não fala nada, não toma atitude nenhuma, é um passivo incurável, blá, blá, blá...” Quando terminou sua ladainha, o velho rabino disse-lhe: “Você tem razão!” Então o marido rompeu seu silêncio e contra-atacou: “É a minha mulher que é insuportável; fala até pelos cotovelos, quer sempre dominar, é controladora e nunca me dá chances de fazer nada; ela é meu inferno; eu não aguento mais, e blá, blá, blá...” Quando concluiu seu rosário de queixas e desabafos, o velho rabino disse-lhe: “Você tem razão!”, e o casal foi-se embora. Então, o jovem rabino assistente, muito indignado, quase vociferou com seu mestre: “Mas, meu senhor; sua conduta foi contraditória e sem sentido; o senhor disse aos dois que estavam com razão, e eles falavam coisas opostas; o senhor não foi razoável nem justo!”, ao que o velho rabino respondeu: “Você tem razão!...”
ResponderExcluirUm domingo de paz!
Maria Inez