“Falo e respondo enquanto não sou.
Quando souber, não mais.
Porque então não será mais preciso.
Néscio ainda acredito em explicações.
Quando não souber então serei; e quando for, não será mais preciso saber,
Apenas caminhar.”
A astrologia representa uma
“conversa” entre duas naturezas (humana e divina) e o mapa astrológico, um
tabuleiro, onde pode ser observado o plano para o nascimento da natureza divina
no humano. A distribuição zodiacal com seus doze signos mostra como as forças
divinas (suprafísicas) se manifestam no plano terreno (físico); a distribuição
das doze casas sobre as quais os signos se distribuem mostra a forma como
aquele ser se constitui, assim como ele dispõe de suas potencialidades
naturais.
O mapa astrológico é uma
representação arquetípica da manifestação física e auxilia na compreensão de
como o sistema de veículos (físico, etérico, desejos e mente) estão alinhados
entre si, além de sugerir simbolicamente o estado da relação personalidade,
alma e espírito em cada indivíduo (vide roda da fortuna).
Desta observação deve
nascer o interesse em comparar e meditar
seu mapa natal (natureza humana) com o mapa zero Áries, uma nuance do divino na
linguagem astrológica, entre outras. Na interação ou no atrito entre estas representações
surge uma janela de possibilidade para o nascimento do indivíduo na plenitude
de seu potencial.
Existem livros que
explicam ao estudante os símbolos e os valores básicos que estruturam o pensar
astrológico cotidiano e convencional. Estes livros são muito importantes para
um primeiro contato e seus potenciais.
No entanto, a própria
astrologia parece ser estrutura viva que evolui conjuntamente ao humano, seu
co-criador. Ela é ferramenta bastante interessante para aprofundar-se em
questões pessoais existenciais. O seu aprendizado pode ocorrer em grupos, aulas
e cursos, mas a interpretação do tema de cada pessoa é território sagrado a ser
palmilhado individualmente e apenas na medida da capacidade que a pessoa tenha aprendido
a ver por si só. A sugestão de evitar o olhar alheio decorre de não sabermos a
condição evolutiva de quem encontramos no caminho, sendo que cada um interpreta
segundo suas próprias concepções. Do mesmo modo que a baleia não cabe na gaiola
de um pássaro, alguns seres não caberão nas interpretações de seres de “menor porte”.
De fato, não é possível saber o tamanho da consciência bem como do alcance
espiritual dos outros seres com quem interagimos.
Por isso se torna
importante o estudo concomitante das mitologias, das filosofias, da história do
mundo; tentativas de contornar abordagens técnicas e materialistas sobre o
fenômeno vida – manifestação ímpar de cada ser, com sua peculiar missão
existencial.
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