segunda-feira, 4 de julho de 2016

ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE VII

CONTINUAÇÃO DE:

REFLEXÕES NADA CIENTÍFICAS SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES
Por: André Oliveira Guimarães Leite – Advogado da saúde - Email: aogleite@gmail.com



Sentes cansaço? Tens bom apetite? Tens sono profundo? Tens boa memória? Tens bom humor? Tens rapidez de raciocínio e de execução? Estas seriam as seis condições enumeradas por Georges Ohsawa indicativas de boa saúde e felicidade. Trata-se do autor de "Macrobiótica zen - arte do rejuvenescimento e longevidade".
Esses questionamentos nos fazem refletir a respeito do que é a felicidade e a saúde, e o que é preciso para alcançá-las. Com certeza, a alimentação é um dos pilares para uma vida saudável, e, por consequência, feliz.
Existem divergências, no entanto sobre o que é uma boa alimentação. Além da qualidade do alimento, questões referentes à quantidade, à forma de se alimentar e outros hábitos alimentares podem ser determinantes para alcançar, preservar e promover a almejada saúde.
Cientistas realizaram um estudo com cobaias, separando-as em dois grupos: um dos grupos era alimentado constantemente, com intervalos nunca superiores a 10 horas, enquanto que o outro era submetido, diariamente, a um intervalo de 13 horas entre alguma das refeições diárias. O resultado foi surpreendente: a longevidade do segundo grupo foi consideravelmente maior que a do primeiro.
Isso nos faz pensar a respeito das recentes orientações nutricionais que recomendam a ingestão de alimentos a cada três horas... Para muitos, trata-se de lobby criado por grandes empresas do ramo alimentício...
Há relatos de pessoas para quem a alimentação não seja algo imprescindível. Isso mesmo, pessoas que poderiam "viver de luz" ou se alimentar de prana.



Menos radical, todavia, conhecemos ou já ouvimos falar sobre os benefícios que podem advir da prática de algum tipo de jejum. A cultura oriental sempre nos ensinou que não devemos nos alimentar em excesso. "Comer até estar 80% satisfeito" é uma das máximas desta cultura milenar.
Segundo Mahatma Gandhi, "devemos mastigar as nossas bebidas e beber os nossos alimentos".
Todas essas informações fazem-nos refletir se não há algum grau de toxidade intrínseca em todo e qualquer alimento. Não só porque estão impregnados de todo tipo de substância tóxica empregada na sua produção, mas também em razão da própria constituição do alimento e  os diversos quadros de intolerância de cada organismo humano. Se pensarmos no atual estágio da sociedade, na qual é comum que princípios éticos sucumbam frente às exigências do capitalismo, mais razão se teria para perder o apetite.
Quem já não abusou daquela feijoada de sábado e depois ficou horas em estado quase vegetativo? O nosso corpo reclama sempre que nos alimentamos um pouco além da conta. Em sentido oposto, experimente fazer um jejum de mingau de arroz durante um dia e verá que leveza sentirá em todo o seu ser!
Em tempos de massificação da sociedade, o grande pecado parece ser a padronização da alimentação. A industrialização alimentar e a vida moderna retiraram do homem o "livre arbítrio" do que levar a boca... Perdemos a capacidade de ouvir o nosso estômago, consumindo porcarias prontas, sem qualquer relação com o que o nosso organismo anseia.
Hoje não temos mais tempo de sentir fome, aquele sentimento saudável (claro, desde que voluntário). Fomos acostumados a nos pré-alimentar. "Coma menino, senão você passará fome"... A lógica parece estar invertida.
Alimentar-se bem, por vezes, pode significar não ingerir qualquer alimento, permitindo que o nosso corpo se recupere e aproveite o ventre livre para se alimentar de outro tipo de energia. 
É importante manter viva a pergunta: você come para viver, ou vive para comer?


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