A Medicina da Saúde é baseada na preservação e na promoção. É sempre superior à Medicina da Doença focada na cura e na prevenção. Somos seres humanos e não "teres humanos”. A doença começa quando se deixa o SER pelo TER; saúde e vitalidade aumentam na direção do SER. A busca pelo SER leva à ampliação da consciência, guia do homem saudável e espelho para o doente. Refletindo o exemplo a ser imitado mostra como sair da horizontalidade do adormecimento e entrar na verticalidade do despertar.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
CRIATIVIDADE III
POR MÁRIO INGLESI
Continuação de:
Dr. Ricardo,
É realmente, fantástico o
que já criamos e estamos em vias de criar em setores os mais díspares, ou como
quis acontecer Lewis Carrol, fazendo Alice se aventurar na descoberta de um
mundo inquietante e onírico, sem precedentes, em “Alice no País das Maravilhas”.
Assim como também os arcanos do invisível, com cujos fios diretores de cinema,
teceram zumbis, o computador de Odisseia no Espaço, ou os fotógrafos que
buscaram nas fotos, teias da mediunidade, em tempos idos da arte fotográfica. Ou,
ainda, criaram “Comidas” com cores e paladares os mais salutares e edificantes.
Afinal, a vida como
repetia exaustivamente o poeta Waly Salomão ”A Vida é Sonho”. Ninguém nos
impedirá de sonhar, de fantasiar nossa realidade, seja lá em que grau e altura
forem. Primeiro como andarilhos, depois singrando os mares e rios “nunca dantes
navegados”, alçando voos aos céus, em aviões cada vez mais velozes, a passeio
ou a trabalho, ou cruzando ruas, avenidas, Estados, alçando ou derrubando
fronteiras em carros de tipos, tamanhos e luxo, os mais diversos, o ser humano,
sempre ele, insaciável em sua curiosidade, em sua visão de futuro, viaja rumo
ao espaço em busca de conhecer de perto outros planetas, em naves espaciais,
pilotáveis ou, doravante, dirigidas daqui da Terra. Depois como criador de
línguas, em prol da comunicação, bem como de escritos, onde sobeja a
diversidade de suas faces, seus anseios, seus sentimentos e dores, numa
catártica missão de firmar sua identidade e a profundeza de seu ser, isolando
quaisquer compromissos ou temor de não ser nada.
Ei-lo, portanto, - Senhor!
Perdoai - como um outro Deus, - o do Futuro - plasmado em Criador e Criatura,
num gigantismo sem precedentes, marcando com seus feitos a História da
Humanidade, por meio dos mais diversos suportes e das mais belas configurações,
ainda que, sob aspectos de insanidade, gritos, horrores, dramas de toda ordem
inclusive familiares, tragédias, comédias, urros de raiva ou silêncios de angústia
ou esplendor, fazendo-nos ver como, mesmo em nossa - tão propalada pequenez -,
ainda somos de importância vital para o porvir nosso e do planeta.
Ser humano não se manifesta
apenas uma dádiva, mas, isto sim, num trabalho perseverante e diário,
consciente, mas também de idealizações de sonhos e fantasias a nos fazer elevar
a píncaros de criação nunca dantes vislumbrados. Afinal a vida não é tão bela
quanto propalam propagandisticamente. Ela necessita de suportes que nos façam
compreendê-la e fazê-la melhor para digeri-la.
Por tudo que já fez, de
gerações a gerações até os nossos dias e evidentemente ainda o fará, nos mais
diversos, múltiplos e infinitos setores da atividade humana, o “Homem” merece,
sem dúvida, figurar no Olimpo, a morada dos Deuses, como o mitólogo “Deus”, da
construção, da destruição, da desconstrução e, principalmente, pelo seu alto e
desenvolto grau de criatividade, na afirmação de sua contínua individualidade e
universalidade.
Ainda mais, por que, com
seus segredos escondidos, tirados da manga do paletó e sua vara de condão, como
um mágico, de requinte e trabalho excepcionais, não há como exortá-lo continuadamente
seja em prosa ou verso, talvez, sempre com os olhos voltados no poema que o
identifica: “Pós tudo”:
“Quis
Mudar Tudo
Mudei Tudo
Agora Pós Tudo
Extudo
(sic)
Mudo”.
Augusto de Campos (SP
-1931-) “Pós tudo” in “Folhetim”, 27.01.85.
E, se preciso for, para
mostrar firmeza, cantarolar “Começar de Novo”, de Ivan Lins:
“Começar de novo e contar
comigo
Vai valer a pena ter
amanhecido
Ter me rebelado, ter me
debatido
Ter me machucado, ter
sobrevivido
Ter virado o barco, ter
me socorrido”
É lógico que haverá
sempre quem diga: e seus lados negativos – que aliás não são poucos e muito
menos desprezíveis? Diremos, em coro e em alto e bom som, não há por que
desmerecer, tudo faz parte de sua formação e mais ainda, de seu aprendizado,
não só difícil, mas também incongruente.
Poder-se-ia dizer, como o
poeta Olavo Bilac (1865-1928)
“Não és Bom, nem és mau: és
triste e humano”
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .
“Residem juntamente no
teu peito
Um demônio que ruge e um
deus que chora”
Ou, sob a identificação
prevista por Friedrich Nietzsche, (1833-1900) in Ecce Homo declarar,
enfaticamente:
“Sim, sei de onde venho!
Insatisfeito com a
labareda
Ardo para me consumir.
Aquilo em que toco
torna-se luz,
Carvão aquilo que
abandono:
Sou certamente labareda.”
Ainda, para ornar a grandeza
do homem basta lembrar, as palavras de Albert Camus (1913-1960)”
“Sim, o homem é o seu
próprio fim. E é o seu único fim”
Se assim é, melhor e mais
profícuo é viver intensamente e :
. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . .
“brilhar para sempre
brilhar como um farol
brilhar com brilho eterno
gente é pra brilhar,
que tudo mais vai pro
inferno
este é meu slogan
e do sol”
“Verão na Datcha”, Wladimir
Maiakovski (1893-1930), tradução: Augusto de Campos.
Se nada do que aqui está
dito, servirá para lhe secar as lágrimas, procure ao redor algo que lhe
satisfaça, quiçá um:
Consolo
O mundo está cheio de
horrores
de tragédias e terrores
e gente de má fuça.
Mas de vez em quando
aparece
cada tenista russa!
(Veríssimo, in “Poesia
numa hora dessas”)
Caso nem isso lhe aplaque
todo a sua negatividade sobre todo esse enaltecer, procure ensimesmar-se,
esquecendo todos os possíveis tipos de epítetos, alcunhas, palavrões ou
palavrórios que lhe enredam sorrateiramente, nesse seu viver acabrunhante e
mesquinho e vá acampar, se assim o quiser, em outra freguesia, sim, se houver,
e lhe aprouver, não esquecendo obviamente, dos adeuses de praxe, sem queixumes ou
vitupérios que possivelmente enredaram–lhe a vida vazia de sentido, isenta de
contrapartida dialogal com quem quer que seja. Plena, portanto tão só, de
duvidoso egoísmo.
Nesse fuzuê de
sentimentos e feitos nefastos, procure em si, uma réstea de claridade que ainda
possa vislumbrar, recorrendo talvez ao poeta Manoel de Barros no poema “Tratado
Geral das Grandezas do Ínfimo”
“Para mim poderoso é
aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas)”.
Ou então diga, com Paulo Leminski:
“Não discuto
com o destino
o que pintar
eu assino”
Se nada disso lhe for
possível, o que fazer senão, - meu caro -, quedar-se enfadado e enfartado:
“Terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida –
barrigudo
grisalho
e feliz por ter um quarto
… de manhã”
Charles Bukowski (1920-1994)
in “Poema nos meus 43 anos,” (trad. Jorge Wanderley).
Por toda essa amostragem
poética, neste único setor o da poesia, podemos, inquestionavelmente, elevar o
Homem ao trono que lhe oferecemos: de um ícone à altura de “Deus”.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
terça-feira, 1 de setembro de 2015
O SEGREDO DA LONGEVIDADE - PARTE I
Por: Koshiro Nishikuni – Médico da Saúde e yoboku da
Igreja Tenryu
Veja também:
Oyassama disse que, com o espírito sereno podemos viver
até os 115 anos de idade. O pesquisador Dan Buettner percorreu o mundo e
encontrou cinco regiões onde vivem pessoas centenárias, repletas de alegria e
ótima qualidade de vida, livres de doenças e incapacitações.
Foram mapeadas cinco
localidades do mundo onde as chances de alcançar os 100 anos de idade são 10
vezes maiores, comparadas a outras regiões. Esses locais são chamados de “Blue
Zones” ou “Zonas Azuis”: Okinawa (Japão), região com o maior percentual de centenários
no mundo inteiro; Sardenha (Itália); 371 pessoas já haviam completado 100 anos
em 2012; Loma Linda (EUA), cidade fundada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia;
Península de Nicoya (Costa Rica), localidade com o maior número de centenários
no mundo, 400; e Icária (Grécia), estima-se que um terço da população chegará
aos 90 anos de idade. A genética desempenha um papel coadjuvante, mas o fator
determinante na longevidade humana é, sem dúvida, o estilo de vida. Temos muito
a aprender com os moradores dessas cinco regiões. Analisando a pesquisa, notei
que a filosofia de vida deles, tem muita semelhança com os ensinamentos de
Oyassama. Todos apresentam algumas características em comum:
1. Corpo em movimento
Nas zonas azuis, as pessoas não estão acostumadas
a fazer exercícios específicos para atividade física; eles se mantêm em
movimento, sem precisar fazer muito esforço para isso. Na Sardenha e em Icária,
por exemplo, grande parte da população é acostumada a pastorear animais,
mantendo-os sempre em movimento. Cuidar do jardim, caminhar até o trabalho ou,
simplesmente, viver em local com escadas, também contribui para se manter em
movimento.
2. Alimentação
Boa parte da população é vegetariana; frutas,
vegetais e grãos são itens indispensáveis à mesa. Também, bebem com moderação e
utilizam pratos pequenos. Em Okinawa, existe uma prática conhecida como “hara hachi bu”, que consiste em comer até o estômago estar 80% completo. Devemos sentir gratidão pelo que alimentamos,
quando resta este pouquinho de vontade.
3. Espiritualidade:
Independentemente da fé, este item é um ponto
forte nessas comunidades. Por exemplo, Loma Linda está relacionada à Igreja
Adventista do Sétimo Dia, e os habitantes da Península de Nicoya têm uma
profunda fé em Deus. Segundo o pesquisador, participar de atividades
relacionadas à fé ao menos quatro vezes por mês, pode adicionar até 14 anos à
vida.
4. Senso de comunidade
Família e amigos estão sempre em primeiro lugar.
Em Loma Linda, a Igreja é o lugar de reuniões e amizades. Em Okinawa, os
habitantes possuem grupos de amigos que os acompanham desde a infância e com
quem podem compartilhar as alegrias e tristezas.
5. Propósito de vida
Todos sabem exatamente o motivo que os fazem
acordar de manhã: existe um propósito. Também são
voluntariados, procurando, desta forma, um sentido a mais para a vida. Isso me
fez lembrar do hinokishin e as frases de Oyassama, sobre as três coisas
importantes na vida: levantar cedo, ser honesto e ser trabalhador. Cerca de 65%
desses idosos são completamente independentes para as atividades diárias.
Ainda, para 2015, há a expectativa do número de idosos com mais de 100 anos seja
20 vezes maior do que há 15 anos. “Uma dieta saudável é importante, mas, não
pode faltar: rir e se divertir com as pessoas ao redor” –
disse a Srª Panchita, de108 anos. O senso de humor é extremamente importante
para a qualidade de vida. É exatamente como o ensinamento de Oyassama: “viver
com alegria”.
O cientista Kazuo Murakami
acredita que a alegria, a gratidão e a oração podem ativar os genes benéficos.
O resultado de um experimento relativo ao riso foi a primeira descoberta.
Despertar os bons genes que estão adormecidos com a risada. Até então, havia a
ideia de que as características genéticas eram imutáveis, porém, as pesquisas
revelaram que os genes podem ser mudados, como um interruptor liga/desliga, ou
seja, ativa ou desativa. Ativar o gene é fazê-lo trabalhar e desativar é
interromper o seu trabalho. A experiência foi feita com 25 voluntários
diabéticos, após o almoço, observando-se a variação da taxa de glicemia, após
uma estressante explicação médica sobre as consequências da diabetes e uma
seção de humor, realizados em dias consecutivos. O resultado apontou um aumento
médio de 123 mg de taxa de glicose contra 77 nos respectivos testes. Os médicos
ficaram espantados com o resultado. Quando estamos alegres o cérebro libera
neurotransmissores como serotonina e endorfina, chamado também de “hormônio da
felicidade”. A palavra endorfina se origina das palavras endo (interno) e
morfina (analgésico) e constitui nossa morfina endógena, que o próprio corpo
produz. Por ser um potente analgésico natural, ao ser liberada no sangue gera
sensação de bem estar, conforto, melhora no humor e alegria é sinônimo de
saúde. É a “farmácia natural” que Deus nos oferece.
CONTINUA...
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