EU SOU AQUILO QUE TENHO -
O QUE FAÇO - FAZER MAIS E MELHOR
AQUILO QUE OS OUTROS PENSAM A MEU RESPEITO. SOU
DISTINTO DOS OUTROS - ESTOU SEPARADO DO QUE FALTA EM MINHA VIDA
Os “mantras” dominantes são
criados no momento do nascimento e se estendem por toda a vida, sendo boa parte
dos conteúdos veiculados pela família, entorno e mídia (imprensa) ligados ao
ego ou à ambição. São as mensagens do amanhecer da vida e que devem ser mudadas
ao entardecer, conforme Wayne Dyer (2012).
Um exemplo é a
orientação subliminar “Eu sou aquilo que tenho”, que surge muito cedo e se
cristaliza como memória celular. Essa mentalidade de acúmulo começa com os
brinquedos e cresce ao ponto de fazer com que o sucesso seja medido pela
quantidade e tamanho dos brinquedos acumulados na idade adulta. A perda dos
mesmos, em alguns casos, pode culminar em depressão e suicídio.
Outra afirmação de
profundo impacto na formação, segundo Dyer, é “Eu sou o que faço”, que começa
no engatinhar e se estende durante a vida, reforçando a noção equivocada de que
é importante sempre “Fazer mais e melhor”! Da mesma forma, a expressão “Eu sou
aquilo que os outros pensam a meu respeito” pode condicionar nosso valor à
opinião alheia e ao nos afastar do próprio ideal de perfeição, inviabiliza
qualquer relacionamento harmonioso e de iguais.
“Sou distinto de todos
os outros”, um “mantra” que promove a separação, também é recorrente e abre
espaço para outro equívoco: “Estou separado daquilo que falta em minha vida”.
Esta afirmação decorre da falta de fidelidade ao próprio poder e ao fluxo
divino da vida. Desconectados, passamos a nos ligar ao que falta - ou seja, às
carências de amor, saúde e prosperidade.
A tentativa - quase
sempre bem-sucedida - de afastamento da Fonte Original decorre do desejo de
comando do ego, que se traduz em afirmações que retratam o divino como distante
e temperamental ou estruturam o Universo sob um conceito devedor, em que a
pessoa está sempre descontente e cobrando algo de alguém (Dyer, 2012).
Somente quando escapamos
ao domínio da personalidade egóica ou autocentrada, conseguimos enxergar o
fluxo da vida em sua perfeição, com seus sucessivos aprendizados e
possibilidades de nos reinventarmos e manifestarmos nossa essência, construindo
no ritmo adequado relações mais saudáveis.
Quando a consciência
está desperta, floresce o “mantra” ‘Simplesmente Ser’, um convite à
autenticidade, e à vida em aceitação e amor. Um retorno ao Ser.
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