Uma reflexão insólita...
Recentemente duas curiosas
reportagens internacionais despertam atenção. Em Israel um casal que conversa logo
após a relação sexual, em um comercial de jornal - Comercial de jornal usa sexo
e cria polêmica em Israel (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/08/1333882-jornal-de-israel-causa-polemica-com-comercial-e-e-acusado-de-sexista.shtml) - motivou manifestações de censura
pelo parlamento do país; na França um caso diferente, mas semelhante, sobre a participação de crianças em concursos de beleza, vetado pelo senado para esta idade – Proibido para baixinhas – “Senado francês aprova projeto de lei que
proíbe concursos de beleza para meninas menores de 16 anos; objetivo é conter a
'sexualização excessiva'; texto segue ainda para a Câmara dos Deputados” – (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/129727-proibido-para-baixinhas.shtml).
Isso aponta para um fato
conhecido de poucos, que a sexualização precoce é um motor que estimula a
sociedade de consumo. De certo modo, isso pode ser interessante em países com baixas
taxas de crescimento vegetativo, mas, os efeitos colaterais desse movimento não
devem ser negligenciados. A história da humanidade tem vários episódios a
partir dos quais já deveríamos ter aprendido qual o preço de impulsionar o
humano na direção do reino animal em detrimento da progressiva elevação da
consciência. Veja-se nesse sentido a periodicidade das guerras a despeito da
distribuição de prêmios internacionais para a paz, uma contradição insana que mostra
uma faceta da condição humana a ser repensada.
De fato, autoridades dos
países desenvolvidos conhecem as consequências sociais de um país
desequilibrado em termos de como a sexualidade e assuntos correlatos são tratados.
A sexualidade que no
reino animal responde apenas ao instinto de preservação, ganha requintes no
reino humano, que a partir da razão (suposta) pode programar e pensar nas
consequências de suas escolhas sexuais, sejam dirigidas à procriação ou ao
regozijo periódico dos sentidos.
Ao considerar o grau
inferior ao humano, filogeneticamente falando o reino
animal, deve-se cuidar em cogitar sobre os reinos imediatamente superiores ao
humano, ontogeneticamente falando, no que diz respeito às dimensões
suprassensíveis que para alguns se traduz em reinos como de anjos, arcanjos,
etc.
Aliás, existe uma expressão
que fala sobre: “O sexo dos anjos”?
Pois é, “brincadeiras”, talvez nem tanto. Vale, nesse sentido, conversar com
pensadores espíritas e de linhas afins sobre o que ocorre naquele universo
suprassensível quando o campo da sexualidade dos seres terrenos é ativado.
Bem, para os que pensam
que isso é assunto preconceituoso ou supersticioso, vale uma investigação
conceitual mais cuidadosa a respeito do aspecto psicodinâmico do que se conhece
por súcubos e íncubos. O assunto é extenso, mas para o humano apressado vale ao
menos uma olhada no que diz a Wikipédia a este respeito em:
Já para o humano com
tempo para reflexões mais cuidadosas, vale uma olhada nas obras do compositor Richard
Wagner – Tannhäuser e Os Mestres Cantores de Nuremberg, onde artística e
musicalmente o assunto é trazido com um pouco mais de profundidade à percepção
do interessado.
Fato prático é que uma
sociedade subdesenvolvida guia, grosso modo, seus valores e mesmo sua ânsia por
consumir, a partir de uma libido desequilibrada. Por outro lado, quem dirige o
processo sabe e geralmente sustenta a forma chula como hoje somos literalmente
bombardeados nas bancas e mídias de todas as naturezas.
Hoje mesmo, de dentro do
ônibus na Avenida Paulista (cartão postal de São Paulo), nas proximidades do
conjunto nacional, avistei anúncio em tamanho considerável em que duas humanas
do gênero feminino pousavam na parte de trás de uma banca de jornal
acariciando-se mutuamente, na propaganda artística de uma revista para
apreciadores do nu.
Gosto de arte! Daí minha
surpresa quanto ao cuidado meticuloso dos países desenvolvidos em aparentemente
não permitirem, como aqui no Brasil, certas formas de exposições. Haveria algo
a esse respeito que não sabemos e que seria bom saber?
Vejam-se as reportagens
na França e Israel sobre a continência na exposição de assuntos relativos ao
sexo; o que estaria por trás de algo aparentemente tão inocente? É sabido que
as pirâmides de desenvolvimento, conforme ensinado no primário, guardam relação
íntima com altas taxas de natalidade e baixa expectativa de vida. Será que as
contribuições de Freud relativas à sexualidade assim como o relatório Kinsey
sobre o comportamento sexual humano, brilhantemente retratado no filme estadunidense de 2004 intitulado: “Kinsey -
Vamos falar de sexo?” (veja abaixo), estão sendo aproveitadas pela
humanidade em favor de uma sociedade mais consistente?
Será que a dança da rolha
na garrafa que em alguns lugares ainda se pratica, é indicativa de um tecido
comportamental ainda mais importante, ainda que sutil que os brasileiros ainda não
se deram conta? Como dizia o comediante tempos atrás: “Perguntar não ofende”...
Mais consciência, menos
inconsequência! Fantoches para experiência; a sina assassina da aparência... Talvez
a falência das nações em desenvolvimento guarde relação com a forma como o falo
é visto; falo e falência duas palavras, uma essência. Um minuto de silêncio para
que tudo fique claro antes que o preço saia caro.
Gratidão às duas moças da
avenida Paulista pela reflexão profícua!
Achei o artigo interessante, contudo, faltou um pouco de lirismo da expressão espiritual do ato sexual. O encontro de duas pessoas no uno pelo todo.A sacralidade da união numa entrega sem pudores....
ResponderExcluirKI OK JOO
Reforço suas palavras com um: faltou muito ou ainda um faltou tudo... Mas a ideia neste momento é um olhar à dessacralização. Nesse sentido, aqueles que já estão imersos no sagrado naturalmente sentirão alguma dissonância.
ExcluirO texto em si fica distante do ato criador primeiro, da relação do criador maior Sol com a fecundadora Lua e a geradora Terra (Matéria - Mater (mãe) Rheia (terra) - mãe terra); e também da leitura platônica no evento da união entre Pórus e Penia. Isso de fato é uma "penia", mas uma casa é feita de porões e janelas...
Um abraço despudorado e com gratidão!
Boa escrita... iniciou uma boa reflexão interna... como sempre!
ResponderExcluir=)