A Medicina da Saúde é baseada na preservação e na promoção. É sempre superior à Medicina da Doença focada na cura e na prevenção. Somos seres humanos e não "teres humanos”. A doença começa quando se deixa o SER pelo TER; saúde e vitalidade aumentam na direção do SER. A busca pelo SER leva à ampliação da consciência, guia do homem saudável e espelho para o doente. Refletindo o exemplo a ser imitado mostra como sair da horizontalidade do adormecimento e entrar na verticalidade do despertar.
Aconteceu assim: um dia, muito tempo antes de
muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as
minhas máscaras tinham sido roubadas - as sete máscaras que eu havia
confeccionado e usado em sete vidas - e corri sem máscara pelas ruas
cheias de gente, gritando:
"Ladrões, ladrões, malditos
ladrões!"
Homens e mulheres riram de mim e alguns
correram para casa, com medo de mim e quando cheguei à praça do
mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou:
"É um louco!"
Olhei para cima, pra vê-lo. O sol beijou
pela primeira vez minha face nua. Pela primeira vez, o sol beijava minha face
nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais
minhas máscaras. E, como num transe, gritei:
"Benditos, benditos os ladrões que
roubaram minhas máscaras!"
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em
minha loucura: e a segurança de não ser compreendido, pois aquele
desigual que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
"Ao invés de deixar o mundo melhor para seus filhos,
pense em deixar filhos melhores para o mundo"
Ainda sobre o tema da
educação e da super medicação de nossas crianças, quero levantar a questão de NOSSA responsabilidade sobre isto. Como
podemos mudar a escola de nossos filhos e a questão do consumo de medicamentos
tarja preta? Uma vez que tomamos consciência destes fatos então devemos tomar
atitudes coerentes.
Primeiro, a escolha da
escola.
Quantos de nós reclamamos
das escolas, mas na hora de decidir onde os filhos irão estudar nos preocupamos
apenas com os resultados que freqüentemente aparecem nas matérias de jornais?
Devemos escolher uma escola que dê valor à formação e não ao depósito de informação,
preparar para provas de ENEM ou vestibulares, e esta escolha é NOSSA responsabilidade.
Reclamamos... Meus filhos
não lêem nada, não têm interesse etc. Mas dedicamos tempo lendo um livro com
eles? Mostramos matérias interessantes nos jornais? Ou apenas compramos o
videogame mais caro? Também NOSSA responsabilidade...
Meus filhos têm TDAH, DM,
TPM, e tomam medicamentos tarja preta, a culpa
é do médico e do sistema? Ou será NOSSA
RESPONSABILIDADE? Levamo-los ao clube, jogamos futebol, vamos fim de semana
à praia; ou passamos 12 horas trabalhando para comprar um BMW e chegando em
casa cansados, ligamos a TV dando apenas um “OI” desanimado quando eles vêm nos
cumprimentar...
Precisamos estar atentos
às nossas atitudes, pois mesmo sabendo de tudo que o Sr. Mário Inglesi pertinentemente
nos mostrou, podemos de alguma maneira estar contribuindo para as coisas
estarem como estão... Veja esta análise sobre a questão da disciplina: "Palmadas, chineladas e porradas da educação ausente" em:
O sistema que estamos
criticando não caiu do céu dado por uma nave alienígena, esta aí por nossa responsabilidade.
Nossos pequenos atos do dia a dia podem parecer não ter conseqüências, mas
quando somados se transformam no que estamos vivendo hoje. É preciso coragem
para encarar este fato, mas uma vez isto feito podemos iniciar pequenas
mudanças em nossas vidas que no futuro se espelharão numa sociedade melhor.
Circula também na rede, o seguinte fragmento:
Cenário 1: João
não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
· Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado
esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e até umas
reguadas nas mãos e volta tranqüilo à classe. Esconde o fato dos pais com medo
de apanhar mais. Pronto.
· Ano 2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o
diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção
em ADD, o psiquiatra receita Rivotril.
Transforma-se num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho
incapaz e processam o colégio.
Cenário 2: Luis, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro.
· Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas
sonoras bordoadas no traseiro. A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra
nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma
num profissional de sucesso.
· Ano 2011: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O
condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinqüe e fica
preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua
professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
· Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua
brincando.
· Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar
das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais
processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência,
ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda
depressão e se suicida.
Cenário 4: Disciplina escolar
· Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor
nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando
em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não
incomodávamos mais ninguém.
· Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos
pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso
velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma
moto nova para o filhinho.
Cenário 5: Horário de Verão.
· Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno
para horário de verão. Nada acontece.
· Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno
para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de
apetite, nas mulheres aparece até celulite.
Cenário 6: Fim das férias.
· Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família
enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar após 15 dias de sol na
praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
· Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all
inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono,
"panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de
readaptação.
Cenário 7: Saúde.
· Ano 1959: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS
aguardávamos 2 horas para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos
os remédios e melhorávamos.
· Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde.
Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui
a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é
câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica
um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos
e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 8: Trabalho.
· Ano 1959: O funcionário era "pego fazendo
cera" (fazendo nada). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia
trabalhar.
· Ano 2011: O Colaborador pego
"desestressando" é abordado gentilmente pelo gestor que pergunta se
ele está passando bem. O colaborador acusa-o de bullying e assédio moral,
processa a empresa que toma uma multa, o colaborador é indenizado e o gestor é
desligado.
Passado,
presente e futuro, três “lados” da mesma moeda...
Em que lado
você se vê?
A primeira mudança é na NOSSA consciência e nas NOSSAS atitudes!!!
Havia um viúvo que morava
com suas filhas curiosas e inteligentes. As meninas sempre faziam muitas
perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não. Como pretendia oferecer a
elas a melhor educação, mandou as meninas passarem as férias com um sábio que
morava no alto de uma colina. O sábio sempre respondia todas as perguntas sem
hesitar. Impacientes as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia
responder. Então uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para
pregar uma peça no sábio.
– O que você vai fazer? Perguntou a
irmã.
– Vou esconder a borboleta em minhas
mãos e perguntar se ela está viva ou morta.
– Se ele disser que ela está morta, vou
abrir minhas mãos e deixá-la voar, se ele disser que ela está viva, vou
apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará
errada!
As duas meninas foram
então ao encontro do sábio que estava meditando.
– Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me
sábio. Ela está viva ou morta?
Graça Mota Figueiredo Médica
Psiquiatra Especialista em Cuidados Paliativos (mottacruz@terra.com.br)
Eu convivi muito pouco com a minha avó
paterna; tinha 5 anos quando ela morreu...
E ela
morreu suavemente, tão suavemente quanto sempre viveu...
Morreu
silenciosamente, sem fazer barulho, assim como fez a vida toda...
Eu era a
única filha do seu filho mais velho, a quem ela idolatrava; transferiu prá mim,
talvez, o amor que sobrava, depois de amar muito o filho. Não me fiz de rogada:
amava-a com paixão!
Ela me
protegia escandalosamente: me tirava da cama onde meus pais, ótimos educadores,
tinham me colocado na hora certa de criança dormir.
Brincava
comigo do que eu quisesse, até ouvir os passos deles voltando do cinema ou da
visita a amigos; aí, numa cumplicidade deliciosa, cobria os meus olhos
brilhando e o meu cabelo suado e despenteado, no melhor estilo de
alcoviteira...
Eu a
adorava!
Como meu
avô já morrera há muito, ela passava temporadas com cada um dos filhos. A sua
chegada em casa se parecia com o Natal, pouco importando que não fosse
dezembro.
Ela sempre
se fazia anunciar, como uma grande dama, ou apenas porque sabia que assim,
temperado pela espera, o meu prazer ficava maior.
Uma noite,
entretanto, ela chegou sem aviso...
Sentou-se
na beira da minha cama, me acordou suavemente, fez sinal de silêncio com o dedo
nos lábios, e eu entendi que aquele momento era só nosso.
Conversamos
a noite toda; não guardei a nossa conversa, mas me lembro até hoje do calor da
sua mão na minha testa, do sorriso doce e amoroso presente a noite toda no seu
rosto enrugado.
Em algum
momento ela me disse que ficasse bem quietinha até a manhã do dia seguinte,
porque precisava ir embora.
Crianças
são só sentimento e muito pouca lógica; deve ter sido por isto que não achei
estranha a sua presença sem aviso e nem me assombrei com a partida dela em
plena madrugada...
Dormi de
novo, envolta na expectativa das nossas brincadeiras dos próximos dias.
Pela manhã
meus pais me acordam, e eu soube que o momento era sério...
A expressão
dos seus rostos não me deixava dúvida, e eu achei melhor não falar de alegria
naquela hora; deixaria para falar da vovó mais tarde. Mas não tive chance: eles me contaram suave e delicadamente, que ela morrera
naquela madrugada.
Só muitos
anos mais tarde eu contei a eles que a vovó estivera comigo enquanto morria.
Vale do Matutu – MG
– Foto de Flávio Gago (Paineira com via
láctea ao fundo)
SEMEIE UM
PENSAMENTO E COLHERÁ UMA AÇÃO
SEMEIE UMA
AÇÃO E COLHERÁ UM HÁBITO
SEMEIE UM
HÁBITO E COLHERÁ UM CARÁTER
SEMEIE O
CARÁTER E COLHERÁ O DESTINO
Píndaro –
fragmentos (400 a.C)
Talmud (500
d.C)
W.Makepeace Thackeray (1863)
Samuel Smiles (1904)
Recentemente até
mesmo o fato de ser obeso ou esbelto mostrou guardar relação íntima com o
processamento neural e conseqüentemente com a neuroplasticidade, visto
existirem diferenças entre o cérebro de obesos e o de magros, vide:
(http://diabetes.diabetesjournals.org/content/60/6/1699.abstract). A inflamação
observada no cérebro de pessoas obesas se associa a uma alteração na resposta às
informações sobre a gordura corporal, gasto calórico e ingestão alimentar. Estudos
funcionais, em obesos, mostram um menor nível da atividade cerebral do
hipotálamo (responsável pelo controle da massa corporal). O mais interessante é
que após emagrecer – especialmente a partir da mudança de hábitos alimentares –
a inflamação se resolve naturalmente.
Normalmente a
gordura corporal é monitorada pelo cérebro por meio de uma substância chamada
leptina. Quando há excesso dessa substância, o hipotálamo, que controla a
ingestão calórica, fica mais sensível à saciedade. Entretanto, no processo
inflamatório cerebral, o hipotálamo perde em parte a capacidade regulatória entre
ingestão calórica e saciedade. Assim, a massa corporal e o processamento neural
parecem estar em relação íntima, algo como uma “sabedoria” instintiva que
reflete na silueta de cada ser?
Os neurônios em
nossos cérebros e as estrelas de nossa galáxia pertencem à ordem de grandeza
dos bilhões. Faz pensar e no mínimo desconfiar de tamanha coincidência. Poderia
haver alguma relação matemática entre nosso corpo e o cosmos?
As sinapses,
junções especializadas que comunicam os neurônios, são estereologicamente
estimadas no encéfalo de uma criança em 1.000 trilhões, declinando com a idade até
a ordem de 100 a 500 trilhões no adulto. Os usuários de substâncias como o
álcool são predispostos a perder sinapses de forma mais acentuada por lesão dos
dendritos neuronais.
Quanto maior o
número de sinapses, maior a capacidade de realizar uma tarefa, seja ela motora,
comportamental ou de aprendizado. Durante meu doutoramento em neuroplasticidade,
fiquei muito impressionado sobre como pode ser possível sabermos cada vez mais
sobre cada vez menos! Ao mesmo tempo, como cada vez mais se perde a capacidade
de maravilhamento com as pequenas coincidências que permeiam nosso dia a dia...
Sabemos muito pouco
sobre aquilo que importa: o todo, invariavelmente maior que a soma das partes!
Este fato leva à percepção de algo frustrante em relação à ciência. Feita no
sentido de proporcionar um mundo melhor, apenas eventualmente consegue a partir
de seus resultados gerar um conhecimento sintético do qual todos
possam se beneficiar. As técnicas são tão específicas e os ambientes de
laboratório tão controlados, que os achados são dificilmente
aplicáveis ao cotidiano repleto de variáveis não computáveis. As descobertas, mesmo as mais sensacionais, na maioria
das vezes parecem não ter utilidade imediata, além do favorecimento do detentor da patente. A política de verbas para o fomento à pesquisa restringe muito o aspecto do gênio inovador que deve fazer parte do pesquisador comprometido. Assim, uma maioria faz pesquisa repetindo modelos consagrados, com pequenas modificações, visando publicar e garantir verbas para novos projetos e apenas raramente olhar para algo novo e inusitado. É pena que este tipo de relação funciona justamente como um bloqueio ao real desenvolvimento da ciência, residindo nos poucos que ousam inovar, a esperança de descobertas que realmente impulsionem a ciência e não apenas se comprometam em manter um status quo de congelamento do pensar, através a repetição ad nauseam do que já é sabido. Veja: http://www.slow-science.org/
Como então trazer alguma
idéia sintética de aplicação imediata, que possa ser alcançada, a partir de
tantas e tantas análises e estudos? Pensar a neuroplasticidade de forma
ampliada, à semelhança do que ocorre nas culturas de células, é pensar em analogias
envolvendo as pessoas, que de algum modo são células do grande e único
organismo humanidade. Isso é uma forma de pensar consciente ou pensar saudável.
Quando
se cria o hábito de fazer as coisas de uma determinada forma, é muito
trabalhoso o processo de criar um novo hábito. Hoje, por exemplo, está
disseminado em nosso meio, principalmente em noticiários, o gosto pelo que
choca e deprime. Quem inventou que isso dá ibope?
Quando vestimos uma
camisa, sentimos a textura do tecido em nosso corpo, pois o sentido do tato
identifica-o. Com o passar do tempo, no entanto, deixamos de sentir a camisa,
como se nos acostumássemos à sensação do tecido e, para senti-lo novamente,
precisamos atritá-lo ao corpo. Esse processo de acomodação não acontece apenas
com o tato, mas com todos os nossos sentidos. Dessa forma, a repetição
constante de determinados estímulos pode anestesiar ou sedar nossos sentidos
sem que sequer possamos nos dar conta de que isto esteja acontecendo. Esse
processo de repetição é muito explorado em técnicas conhecidas como
subliminaridade, neurolinguística e neuromarketing não apenas para aumentar
vendas e promover o consumo de determinados produtos, mas também para conduzir
e sugestionar a opinião pública sobre o que é “melhor” para ela. Veja artigo do
New York Times a respeito:
Os circuitos cerebrais que se ativam quando se vivencia ou se lembra de
um determinado acontecimento são os mesmos. A repetição da violência acostuma
nossos sentidos de forma que passamos a achar normais situações que não são
humanamente aceitáveis. Além disso, assuntos privados pertinentes às vidas de
outras pessoas que deveriam ser tratados por órgãos responsáveis invadem casas
e permeiam jantares misturando-se ao alimento e intoxicando inconscientemente
sem nenhuma utilidade ou benefício real. Existem muitas coisas boas acontecendo
a todo o momento no mundo que superam as coisas ruins, então porque os
noticiários do horário “pobre” insistem em só mostrar o que não é bom quando
tanta coisa boa poderia estar sendo mostrada?
A neurociência sustenta estas observações com base na descrição dos
neurônios em espelho por Rizzolatti e colaboradores nos anos 80 do século
passado (Rizzolatti G.;Craighero L.. THE MIRROR-NEURON SYSTEM. Annual Review of
Neuroscience. Vol. 27: 169-192; 2004). Estes neurônios disparam quando uma
pessoa age ou quando observa outra pessoa realizando a mesma ação. Por
intermédio destas células um ser humano se coloca em estado de empatia em
relação a outro, simulando em quem assiste a uma cena reações semelhantes
àquelas de quem a está realizando. Isto adquire importância suprema quando
pensamos em uma pessoa sendo invadida por imagens da TV, que já foi televisão e
que hoje é tiravisão. O efeito Madre Teresa descrito por Mc Cleland, psicólogo
estudioso da motivação humana, também reforça e ilustra o efeito depressivo ou
estimulante de imagens projetadas, sobre o sistema imunológico do assistente.
Quando pessoas saudáveis assistem a atitudes de pessoas doentes
(emocional, mental ou socialmente), o sentimento vivenciado decorrente da
atitude egoísta pela pouca consciência do próximo causa retração no ser
saudável cuja fisiologia se ressente do ponto de vista neuroimunológico,
predispondo à doença ao sentir-se deprimido ou enganado, como se passasse
pessoalmente pela situação. Assista à brilhante exposição feita pelo
neurocientista Ramachandran:
Utilizar a
neuroplasticidade de forma construtiva, ou seja, desenvolver a sabedoria a
partir do exercício da inteligência é caminho interessante para manter a saúde.
Para isso é importante saber que o feio o mal e o falso existem, mas
independente disso optar pela busca do belo o bom e o verdadeiro. Mude seu
pensamento e o mundo ao seu redor muda. Pense o que é belo, o que é bom e o que
é verdadeiro, pense saúde.
Põe atenção nos espinhos e tua vida será
espinhos. (Rumi 1207-73)
De fato, a experiência que se segue na história do ponto negro, que
circula pela internet, fala fundo aos leitores que se prendem aos fatos
negativos mais que aos positivos...
"O ponto negro"
Certo dia, um professor entrou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos se sentiram assustados com o teste que viria. O professor entregou então, a folha com a
prova virada para baixo, como era de costume... Quando puderam ver, para
surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro no
meio da folha. O professor analisando a expressão surpresa de todos, disse:
- Agora vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo. Todos os
alunos, confusos, começaram a difícil tarefa. Terminado o tempo, o professor
recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações
em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro tentando dar explicações
por sua presença no centro da folha. Após ler todas, a sala em silêncio, ele
disse:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de aprendizado para todos
nós. Ninguém falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções
no ponto negro. Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco
inteira para observar, aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos
negros. A vida é uma graça recebida, pela qual temos motivos pra comemorar
sempre.
Porque insistimos em olhar apenas para o ponto negro?
O problema de saúde, a falta de dinheiro, relacionamentos difíceis, decepções; os pontos negros são mínimos em comparação com tudo que
vivenciamos diariamente. Tire os olhos dos pontos negros. Esteja presente em
cada momento, lembre-se de quem você é e pelo que você veio.
The translations above are attempts to preserve the rhyme scheme of
the original while translating into English, but may distort the
meaning. What follows is an attempt at a more literal translation of
the original Persian:
"Humans (children of Adam) are inherent parts (or more literally, limbs) of one body,
and are from the same essence in their creation.
When the conditions of the time hurts one of these parts,
other parts will be disturbed.
If you are indifferent about the misery of others,
it may not be appropriate to call you a human being."