A política é prática diabólica. Poder, medo, dinheiro, fama e controle são
seus combustíveis. O Diabo aprecia tudo que é partido. Adora espelhos, poderes
partidos, partidos políticos, partidas de futebol e até mesmo o raio que o
parta. Se for inteiro e não pela metade, então tem que ter Deus também. Mas
ainda não chegamos lá, estamos longe. Tão longe e tão perto...
A Bíblia em Jó (antigo testamento), Goethe em Fausto e Saramago no
Evangelho segundo Jesus Cristo, criam situações curiosas onde Deus e o Diabo
trabalham alinhados, no mesmo partido, conversam e planejam! Nada parecido com
a prática geopolítica atual, onde as partes se odeiam. A literatura bíblica é explícita
quanto às coisas de César e as coisas de Deus.
Em minha infância se dizia: “Mente vazia oficina do Diabo”. Curiosa
associação essa do Diabo com a mente e de Deus com o coração. É como se Deus
não pudesse ser sabido ou pensado, senão apenas recordado (cordis = coração).
Parafraseando Agostinho de Hipona sobre o tempo: se me perguntam o que é Deus,
eu não sei, se não me perguntam eu sei. Quando penso Deus me dissocio e,
portanto, me torno diabólico. O cérebro utiliza o fósforo na forma de ATP (adenosina
trifosfato) em seu metabolismo. Fósforo em grego é lúcifer em latim, ambos
significam o portador da luz.
Posso ser livre de tudo o que tenho, mas posso ser escravo até do que
não tenho. A liberdade é um conceito estranho. Liberdade para acreditar ou não.
Na medida em que acredito coopero com o “sistema de leis” (teotropismo), e na
medida em que não acredito compito com o “sistema de leis” (geotropismo). Competir
ou cooperar, prerrogativas do estado em que me encontro. Escolhas que não se
excluem, senão se mesclam até que a unidade seja melhor compreendida por cada
um de nós.
Belo post, coloca em dúvida todo um sistema e a que prestamos neste curto espaço de
ResponderExcluirtempo.
Abração meu amigo!
ExcluirOk Ricardo parabéns.
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