TEXTOS AFINS:
Colunas de saúde nos
jornais falam sobre doenças, programas de saúde enfocam nas doenças, os órgãos
de saúde só são utilizados por pessoas em estado de doença. Ministério da saúde
adverte enfocando a doença. Faria sentido um ministério só para a doença e
outro apenas para a saúde? Saúde na comunicação em primeiro lugar, saúde na
educação, saúde na justiça, saúde social e saúde econômica.
Precisamos de um plano de
saúde! Mas não desses usados quando não há mais tempo, melhor denominados
planos de doenças. Doença e dinheiro são parceiros, assim como o fazem saúde e consciência.
A principal campanha de vacinação é a vacinação consciencial. O momento atual
pede a troca das pílulas de doença por pérolas de saúde, preservar o bem maior
(saúde) e não correr atrás do prejuízo (doença) quando já é tarde.
Um primeiro passo nessa
direção implica em fazer as perguntas adequadas para que o incômodo inicial
gere o movimento da consciência:
O que é mais importante
para um ser humano, formação ou informação?
A mídia promove a
formação, informação ou deformação do pensar?
A Universidade forma,
informa ou deforma os alunos?
A estrutura familiar
forma, informa ou deforma seus filhos?
Não é possível propor
qualquer sugestão de melhora social se desviarmos o olhar de questões
fundamentais que a princípio podem incomodar. Afinal, informação sem que a
pessoa seja formada acaba em problemas ou em alguém querendo tirar vantagem de
outrem. Quando se opta por um sistema que deforma e anestesia, o efeito
colateral é a impossibilidade do despertar que impulsione o interesse das
pessoas na direção da saúde. Acertar requer esforço e quando se vive em um meio
que prega a lei do mínimo esforço não surpreende o atual estado das coisas.
Se pensarmos por analogia
em um rio contaminado e como tratá-lo, as diferentes estratégias das medicinas
da saúde e da doença podem ser mais bem compreendidas. Uma medicina que enfoca
a doença vai atacar a contaminação de frente, colocando barcos para drenagem do
lixo, aprofundando o leito do rio, jogando substâncias químicas, tentando
aumentar o seu fluxo cimentando as bordas e assim por diante, como se sabe.
Note que o tratamento aqui vai em direção ao resultado imediato e que seja
sentido pelo “paciente” em pouco tempo, daí a intervenção ser tão intensa ao
ponto de agir sobre a própria “anatomia” do rio, desconsiderando sua
“fisiologia”, como se ele fosse um objeto ou uma máquina a ser consertada.
A mesma situação vista
pela medicina da saúde adquire perspectiva bastante diversa. O rio, como se
sabe, é uma espécie de ser vivo, tem uma nascente, comporta vida em si,
interage com o meio ambiente por onde passa e finalmente assim como nasce tem
uma foz onde deságua e se religa ao mar. Assim a medicina que enfoca a saúde
vai agir de forma mais profunda apesar de menos agressiva, se valendo da
própria vida do rio como fonte propulsora para seu tratamento. Chegando às
causas da contaminação a medicina da saúde age inibindo os agentes
contaminantes. Isto pode ser muito complexo, pois no caso do rio os poluidores
são empresas e pessoas ligadas às esferas do tecido produtivo nacional, eventualmente
populações de moradores de edifícios, sejam suntuosos ou “malocosos”, à beira
dos leitos onde despejam seus esgotos. Deixar de depositar o esgoto no rio
implica em um grande sacrifício para todos, pois elevará gastos com obras de infraestrutura,
além de terem efeitos apenas no médio ao longo prazo.
O mesmo acontece quando
uma pessoa doente precisa abandonar os maus hábitos que a conduziram ao
adoecer, requer esforço e sacrifício pessoal. Apesar de ser óbvio o que fazer,
muitos preferem intervenções rápidas e paliativas que permitam o retorno aos
mesmos hábitos a uma revisão geral seguida pela mudança comportamental. É
importante notar que o próprio rio tem vida e poder de recuperação, caso deixemos
de destruí-lo, o mesmo ocorrendo com a saúde. Se para o rio ficar saudável o
lema deve ser: “vamos trazer os peixes de volta ao rio”, para o corpo são o
lema é: “vamos deixar de ser dormentes e nos tornar seres conscientes”.
É clara a importância e a
complementaridade entre as duas medicinas, mas fica agora gritante em que
implica a prática da medicina da doença sem a percepção ampliada da medicina da
saúde. Salta aos olhos a falta de sentido e o desperdício que é tratar doenças
sem concomitantemente cuidar da saúde.
A medicina da doença se
baseia na cura e na prevenção; a medicina da saúde por sua vez na preservação e
na promoção. Duas medicinas que se complementam sendo a segunda superior à
primeira. Prevenir e curar doenças são importantes, mas preservar e promover
saúde são fundamentais. Mas afinal qual a diferença entre promover saúde e
prevenir doenças? A diferença é toda. As pessoas se previnem geralmente por
medo ou receio de que algo lhes aconteça, e por isso fazem seguros ou planos
que supostamente as protegeriam. No entanto a própria tentativa de se proteger
promove um estado interior de retração ou contração, devido ao medo. Este medo
age gerando reflexos em todas as esferas do ser, principalmente sobre o tônus
vascular promovendo hipertensão, e sobre o tônus imunológico promovendo imunodepressão.
Assim, a aparentemente simples atitude de se prevenir implica em uma atitude
reflexa de receptividade a experiências e estados mórbidos que naturalmente
acompanham os seres amedrontados em relação aos desafios da vida.
Oposto disso, o promover
saúde, coloca o ser em estado de expansão e entrega confiante ao viver,
anticorpos naturais para situações sombrias, que ainda que ocorram serão menos
traumatizantes e mais construtivas. Promover saúde é expandir a consciência, a
partir do que uma prevenção natural sobrevirá. Entretanto agora não gerada pelo
medo, mas pelo interesse e prontidão em viver de forma a sempre ampliar o
horizonte de possibilidades. Apesar de não ter a suposta certeza de uma
segurança comprada, ser o melhor que posso e estar pronto para o que der e vier
abrem a vida para a graça, assim como a flor recebe a chuva. Viver com medo
dificulta o contato com a graça, que apesar de independente, não chega aos
desgraçados fechados à sua visita pelo medo.
Mas porque afinal as
colunas de saúde dos jornais só falam em doenças? Quem ganha com isso? Porque
os órgãos responsáveis enfocam nas doenças e falam tão pouco em saúde? Se
campanhas de vacinação movimentam o mercado e as correspondentes verbas
governamentais, tudo bem, mas é fundamental a contraparte que requer verba
ínfima comparativamente e que diz respeito à vacinação da consciência das
pessoas para questões importantes de saúde pública.
O artigo: Ricos aceitam melhor publicidade em escolas
mostra a relevância da questão ao comparar a diferença entre a legislação dos
diferentes países (EUA, Alemanha, Portugal e Brasil) em relação ao marketing
infantil assim como o cuidado que cada país tem com a forma como suas crianças
são educadas. Se os atuais planos de “doença” se beneficiam do sofrimento de
seus associados e da exploração dos profissionais de saúde, urge que busquemos planos
de saúde que enfoquem a saúde e estimulem seus clientes numa verdadeira relação
de sócio em que o pagador receba orientações que expandam a consciência fazendo
a vida ser sinônimo de saúde plena.
Na educação para a saúde
a formação (educere) da pessoa tem valor superior ao da informação (educare). O
ser pleno e saudável tem boa formação de maneira geral, tendo o SER primazia
sobre o TER. Somos seres humanos e não teres humanos, lembrando que o caminho
para a doença começa quando a vida se afasta do SER na direção do TER do mesmo
modo que a saúde e a vitalidade aumentam na direção do SER.
Ser implica em
consciência, lanterna do homem saudável e espelho para o homem doente que vendo-se
refletido no exemplo a ser imitado encontra referência e fonte de inspiração
para sair da horizontal do adormecimento e entrar na vertical do despertar.
Você pensa a esse
respeito?
E sempre muito bom ouvir você.Gostei muito
ResponderExcluirgde abç
Tudo bem? Tenho uma novidade para compartilhar. Achei meu caminho. Estou estudando medicina chinesa e acupuntura. Voce faz parte deste caminho. Obrigada
ResponderExcluirOlá Regina!
ExcluirQue boa notícia!
Me alegro por você e pela sua generosidade em me permitir participar de uma conquista tão especial!
Precisando estarei por aqui!
Obrigado!
Linda msg é grande ensinamento de vida com saúde.Beijis do Bigo.
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