Um dia houve a separação fundamental
entre as ciências físicas e espirituais. A despeito disso, grupos preservaram segredos
esotéricos da medicina e da astrologia, sustentando o conhecimento interpretado
sob a luz da mística, sendo os segredos espirituais restaurados, ocultos do
vulgo e dados àqueles que anelavam pelas causas do espírito.
Hoje observamos educadores que
ignoram os valores espirituais; vemos a ciência material tornar-se uma instituição
orgulhosa, que ignora a alma, fascinada pela matéria não deixando lugar para a
mística. Como resultado, temos uma desilusão geral e um abatimento decorrentes
da insignificância das coisas materiais: fuga, desespero e tristeza. O atual interesse
renovado pela Astrologia como recurso de cura resgata o pensamento de Paracelso,
expoente do pensamento vivo que dizia:
“Assim
como existem estrelas nos céus (macrocosmo), também há estrelas dentro do ser
humano. Portanto, nada existe no universo que não tenha seu equivalente no
microcosmo (o corpo humano)” e “O espírito do ser humano deriva das
constelações (estrelas fixas - sóis); sua alma, dos planetas; e seu corpo, dos
elementos”.
O Macrocosmo é a difusão infinita do cosmos em
suas ilhas, galáxias, nebulosas, estrelas, planetas, corpos celestes onde
inumeráveis formas de vida estão sempre evoluindo. O Microcosmo são as células de nosso corpo, incontáveis como as
estrelas do céu. A chave mestra que permite acesso à correlação entre macro e
microcosmos e que favorece a compreensão dos mistérios é:
“Como é em cima, assim é embaixo”.
A Astrologia pode ser vivenciada como
uma “tela” que permite o vislumbre da inter-relação das forças entre o
Macrocosmo e o Microcosmo, entre o externo a nós e o nosso interior, além de
ser um instrumento da realização da Lei de Consequência ou Lei de Causa e
Efeito. Assim, dentro de perspectiva que admite a possibilidade do renascer,
alguns pensamentos descrevem observações pertinentes ao pensar astrológico:
· “Viver para comer ao invés de comer
para viver”, pode implicar futuramente na colheita de complicações no aparelho
digestivo.
· A excessiva irritação, intolerância, impaciência,
impetuosidade, podem implicar futuramente na colheita de desordens
circulatórias e seus efeitos colaterais em todo o sistema: apoplexias,
derrames, varizes, pressão sanguínea irregular, etc.
· A impulsividade e o rancor podem
implicar futuramente na colheita de úlceras, artrites, disfunções glandulares,
insuficiência cardíaca, pressão baixa, problemas linfáticos.
· A atividade excessiva em função do
mal, caracterizada por comportamentos maleficamente agressivos, violentos e
vingativos pode implicar futuramente na colheita de baixa energia dinâmica assim
como de ausência de resistência a doenças; membros defeituosos, acidentes com
perda de membros; articulações sujeitas a artrites; dores musculares,
reumatismo e enxaquecas.
· O abuso da função sexual e sua utilização
apenas para a gratificação dos sentidos pode implicar futuramente na colheita de
falta de vitalidade, vontade fraca ou até debilidade mental.
· A recusa em gerar ou aceitar o filho
gerado, criá-lo e educá-lo pode implicar futuramente na colheita de disfunções
nos órgãos geradores, predisposição ao câncer de próstata ou laringe, útero,
seios e estômago.
Felizmente, SÓ COLHEMOS AQUILO QUE
SEMEAMOS.
A grande maioria das doenças
origina-se no comportamento negativo face às circunstâncias que, quase sempre,
envolvem nosso semelhante. Trata-se do antigo e misterioso conselho dado por
Cristo no Sermão da Montanha: “se qualquer membro do teu corpo te escandalizar
(o mau uso) arranca-o e joga-o fora...” Justo o que fazemos
literalmente antes de renascer!
Enquanto os exames médicos mostram as
condições de nosso corpo no momento da coleta, o horóscopo mostra as
enfermidades latentes e ativas em toda nossa vida terrestre. Deste modo temos
tempo suficiente para: prevenir-nos, minimizar os efeitos e até não desenvolver
essa enfermidade, pois: “as estrelas impelem, mas não obrigam”!
Através da astrodiagnose e terapia é
possível conhecer os melhores métodos para efetuar a cura, assim como o melhor tratamento
para cada paciente, além de ser possível observar o caráter do enfermo (forte,
débil, negativo, emocional). A partir desse estudo, é possível saber o dia em
que as crises tendem a se manifestar e quando as influências adversas
diminuirão.
Estamos sujeitos a enfermidades físicas,
psíquicas, sociais, mentais e espirituais. De acordo com a ciência
oculta, construímos nosso Corpo Denso e o
controlamos. Havendo doença nele somos levados a concluir que não fizemos nosso
trabalho de forma ideal. Isso é expresso nas duas classes de enfermidades
apontadas em um horóscopo:
·
Latentes
o São indicadas pelas aflições
planetárias no horóscopo quando nascemos.
o Podem permanecer latentes durante
toda a nossa vida terrestre.
o Dependem do nosso modo de vida: se
não respondemos às tendências indicadas pelas aflições planetárias, elas não se
manifestarão.
o Podemos atuar com nossa vontade até o
ponto de anular as indicações de nosso horóscopo.
·
Ativas
o São indicadas pelas aflições planetárias
no horóscopo quando nascemos, mas nós respondemos a essas aflições, através: de
pensamentos, sentimentos, palavras ou atos negativos, inferiores e destrutivos.
o As posições planetárias progredidas indicam
os momentos de atuação.
o Consertando o nosso modo de vida:
aliviaremos, suspenderemos ou seremos curados da enfermidade.
Para aplicarmos ao estudo dessa
ciência e arte de obter conhecimento científico das enfermidades, suas causas,
segundo indicações dos planetas, e dos meios de curar é necessário:
· Dedicar-nos ao conhecimento da
fisiologia e anatomia de nosso Corpo Denso.
· Usar esse conhecimento
altruisticamente na ajuda aos sofredores.
· Esquecer o próprio horóscopo e
dedicar o conhecimento a ajudar os outros.
· Fazer os exercícios de Retrospecção e de Concentração diariamente.
· Praticar mais a devoção no dia a dia.
· “Pregar o Evangelho e curar os
enfermos”.