Por: Maria Paula
Teixeira jan/2011
Estava cansado do dia a dia. Sentia vontade de sair dali, escapar. O
cruel rigor do cotidiano e sua aparente monotonia o deixavam desesperado. Seus
pensamentos e desejos se apresentavam tal qual uma cadeia, uma corrente
infindável e instável. Diante disso se sentia impelido a sair, se libertar
dessa existência que se tornara simplesmente pessoal. Algo o atraía: uma busca
por uma compreensão objetiva. Quem sabe até procurar em outro Universo, ir
além.
Dentro de seu isolamento espiritual se sentia tal qual o homem da cidade
grande que procura refúgio no campo. As pacíficas paisagens o atraem para longe
dos ruídos e agitações complicadas. E na pureza da atmosfera repousante, o seu
olhar vagueia. Há ali uma lembrança da Eternidade. Mas por que e para quê essa
busca? O que procura, afinal?
Nessa cadência tenta, e procura formar uma imagem, de qualquer maneira,
do Mundo. Uma imagem seguindo sua própria lógica, que seja simples e clara.
Sabe que, de alguma forma, tem que transcender; que sua visão atual já é ultrapassada.
E, nessa procura, ao julgar ter obtido êxito, substituirá aquela visão
limitada, pessoal, por uma imagem, agora muito mais ampla.
Tenta a seu modo consagrar à imagem assim formada, o máximo de sua
sensibilidade; para alcançar talvez a Paz... Sente que a energia gerada no
processo é muito maior que aquela advinda da experiência agitada, a que se
mantinha submerso.
Mas, chegado ao ponto, um novo início sempre se apresenta, inspirando,
quem sabe, um salto! E que Beleza se reserva ali! Do caminho infindável,
percorrendo as infinitas possibilidades, a Razão emerge, como um presente.
Uma
Graça!
Obrigada.
ResponderExcluirVale acrescentar que o ideograma teadicional chinês para perseverança é uma faca acima do coração....oriente e.ocidente....quanta diferença dwntro das semelhanças.MP