A Medicina da Saúde é baseada na preservação e na promoção. É sempre superior à Medicina da Doença focada na cura e na prevenção. Somos seres humanos e não "teres humanos”. A doença começa quando se deixa o SER pelo TER; saúde e vitalidade aumentam na direção do SER. A busca pelo SER leva à ampliação da consciência, guia do homem saudável e espelho para o doente. Refletindo o exemplo a ser imitado mostra como sair da horizontalidade do adormecimento e entrar na verticalidade do despertar.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
SUICÍDIO ESPIRITUAL
O suicídio físico é uma
opção desesperada e pode ser consciente ou inconsciente. No primeiro caso um
ato abrupto de desespero, no segundo decorrência de atitude ignorante que se
perpetua no tempo (hábito alimentar precário, uso de drogas lícitas e ilícitas,
sedentarismo, pouca leitura, hábito musical pobre). Estatísticas atuais apontam
que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. No Brasil os
dados mais recentes apontam uma média de 32 suicídios por dia.
Mas, o suicídio mais
surpreendente é o espiritual. Quando o materialista se descuida de seus
veículos (corpos) suprafísicos, demonstra coragem surpreendente. Veículos que a
tradição designa como corpo vital, corpo de desejos e mente. Sim, não é preciso
ver para saber. A pessoa sensível pressente que a vida é o “mistério” que anima
a matéria, mas que não pode ser encontrada quando se disseca a matéria em sua
intimidade. Quem deseja deveria refletir de onde vem as tendências desejosas e quem
pensa deveria fazer investigação semelhante em relação ao pensamento. Desejo e
pensamento, qualidades materiais de outra natureza que não a física.
A visão, o sentido
predileto da atualidade, nos impede ver além das aparências. Mas veja você
mesmo então. Nascer arredondado, ver o corpo esticar e crescer, a seguir ficar
enrugado, pontudo e desvitalizado é percebido na superfície, mas que tipo de
forças determinam esse efeito sobre a matéria animada?
O suicídio espiritual não
é tão falado quanto o suicídio físico. Finge-se não ver, mas quem teria olhos
para isso não é mesmo?
A pessoa que vive em
espírito torna a vida material leve, torna-se
permeável à graça. A pessoa que vive para a matéria é cega à luz do
espírito e sua vida se torna opaca, escura, densa, azeda, cheia de reclamações
e emperrada. É aquela pessoa que não entende o porquê de certas situações (padrões)
se repetirem em sua vida. A graça, assim como a graxa, serve para lubrificar. A
primeira lubrifica as engrenagens da vida, a outra as engrenagens da matéria.
Em outras palavras, uma vida sem graça é uma vida sem graxa, assim como uma
vida sem graça é também sinônimo de desgraçada.
Para que a graça permeie o
corpo humano, o mesmo precisa estar poroso em todas as suas instâncias. Assim
como a obstrução dos poros da pele leva à morte rapidamente, a obstrução dos
poros dos corpos suprafísicos (corpo vital, corpo de desejos e mente) leva à
morte lenta. Essa morte lenta se apresenta aos olhos do observador como as
pessoas que apenas existem, à semelhança das pedras. Viver é atributo do reino
humano; fundamental para isso é a consciência dimensional adequada do que seja
SER HUMANO. A vida material, horizontal, cotidiana da família, do trabalho, da
política, da filosofia niilista, da diversão é apenas palco, sombra e
efemeridade. Sem a graça, a vida material culmina em cadeia, hospital, falta e
inconformidade. Mas cadeia, hospital, falta e inconformidade, lembremos, são
escolhas pessoais. Toda escolha, entretanto, é permitida a Fausto, em Goethe, ao se perder
para se encontrar.
Se afastar da graça (ser
desgraçado) por opção ou por ignorância é suicídio espiritual. O espiritual diz
respeito a tudo o que está além dos cinco sentidos. O interesse também é um
sentido que podemos vivenciar e experimentar. Mais interesse e menos
indiferença é alternativa válida na profilaxia do suicídio espiritual.
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MUDAR A MIM
POR: GERALDO DRUMOND
Vivo muito melhor agora que vejo
as pessoas como realmente são, e não como gostaria que fossem. As pessoas são
melhores assim, sem o rótulo que as conferimos, sendo imprevisíveis aos nossos
desejos de controlar, de dominar, de saber o que poder esperar. Não julgo mais.
Não condeno mais. A cada vez que julgo, mais distante dos outros e de mim
mesmo. Tudo aquilo que condeno no outro, além de me incomodar, ainda corro o
risco de ter ou ser também. Na maioria das vezes nossos julgamentos só
consideram nosso próprio senso de valor, e não o das pessoas que estamos
avaliando.
O Buda observou que sofremos
porque queremos que a vida seja diferente daquilo que ela é, e dói quando
continuamos a bater a cabeça contra a realidade básica.
São muitas as estórias, são muitos
os sentimentos, são muitos os vínculos, são muitos os desejos, são muitas as
reações e nossa mente é muito pequena para captar e assimilar todo o movimento
das relações, das vidas das pessoas.
Mudar somente a mim mesmo, que é
de quem dou conta e a quem cabe trabalhar para ser melhor. A vida pode ser
muito melhor! Conquistamos a leveza de viver que desejamos quando conseguimos
carregar a nós mesmos! Que Deus me ajude a persistir!
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