A Medicina da Saúde é baseada na preservação e na promoção. É sempre superior à Medicina da Doença focada na cura e na prevenção. Somos seres humanos e não "teres humanos”. A doença começa quando se deixa o SER pelo TER; saúde e vitalidade aumentam na direção do SER. A busca pelo SER leva à ampliação da consciência, guia do homem saudável e espelho para o doente. Refletindo o exemplo a ser imitado mostra como sair da horizontalidade do adormecimento e entrar na verticalidade do despertar.
A política é prática diabólica. Poder, medo, dinheiro, fama e controle são
seus combustíveis. O Diabo aprecia tudo que é partido. Adora espelhos, poderes
partidos, partidos políticos, partidas de futebol e até mesmo o raio que o
parta. Se for inteiro e não pela metade, então tem que ter Deus também. Mas
ainda não chegamos lá, estamos longe. Tão longe e tão perto...
A Bíblia em Jó (antigo testamento), Goethe em Fausto e Saramago no
Evangelho segundo Jesus Cristo, criam situações curiosas onde Deus e o Diabo
trabalham alinhados, no mesmo partido, conversam e planejam! Nada parecido com
a prática geopolítica atual, onde as partes se odeiam. A literatura bíblica é explícita
quanto às coisas de César e as coisas de Deus.
Em minha infância se dizia: “Mente vazia oficina do Diabo”. Curiosa
associação essa do Diabo com a mente e de Deus com o coração. É como se Deus
não pudesse ser sabido ou pensado, senão apenas recordado (cordis = coração).
Parafraseando Agostinho de Hipona sobre o tempo: se me perguntam o que é Deus,
eu não sei, se não me perguntam eu sei. Quando penso Deus me dissocio e,
portanto, me torno diabólico. O cérebro utiliza o fósforo na forma de ATP (adenosina
trifosfato) em seu metabolismo. Fósforo em grego é lúcifer em latim, ambos
significam o portador da luz.
Posso ser livre de tudo o que tenho, mas posso ser escravo até do que
não tenho. A liberdade é um conceito estranho. Liberdade para acreditar ou não.
Na medida em que acredito coopero com o “sistema de leis” (teotropismo), e na
medida em que não acredito compito com o “sistema de leis” (geotropismo). Competir
ou cooperar, prerrogativas do estado em que me encontro. Escolhas que não se
excluem, senão se mesclam até que a unidade seja melhor compreendida por cada
um de nós.
Fico imaginando como o preconceito, o rótulo, a
"opinião formada" nos impede de ver com olhos de enxergar o outro,
nos impede de viver o novo, que se revela a todo o momento. Tudo bem que temos
nossa personalidade, nosso caráter, que nos molda e nos define, mas também é
muito importante que observemos o movimento da vida, as mudanças das pessoas.
Podemos sim mudar! Acreditar que podemos ser melhores, acreditar num mundo de
mais compreensão, compaixão. O ditado que diz que pau que nasce torto morre
torto deve ser revisto.
O vazio é condição que predispõe ao
preenchimento acontecer. O vazio do copo, o vazio da janela, o vazio da porta,
o vazio do vaso, o vazio do útero, o vazio onde o eixo da roda se encaixa, o
vazio do sapato. O vazio é um espaço perigoso, pode-se cair nele, e viver é de
fato muito perigoso.
Em minha infância se dizia: “Mente
vazia oficina do Diabo”; um vazio onde até o Diabo poderia cair!? Curiosa
associação essa do Diabo com a mente e de Deus com o coração. É como se Deus
não pudesse ser sabido ou pensado, senão apenas recordado (cordis = coração). Parafraseando
Agostinho de Hipona sobre o tempo: se me perguntam o que é Deus, eu não sei, se
não me perguntam eu sei.
É pelo vazio das câmaras
cardíacas que o sangue flui. Por outro lado, o cérebro utiliza muito fósforo na
forma de ATP em seu metabolismo. Para quem não sabe, fósforo é uma palavra derivada
do grego que no latim se torna lúcifer, ambas significando o portador da luz.
Mesmo você que já sabe que cérebro e mente são coisas relacionadas, mas muito
diferentes, vale pensar a respeito.
Posso ser livre de tudo o que
tenho, mas posso ser escravo até do que não tenho. A liberdade é um conceito
estranho. Por exemplo, sou livre para acreditar ou não em Deus. Na medida em
que acredito, a liberdade de arbítrio se manifesta enquanto coopero com o
“sistema de leis” divinas. Na medida em que não acredito a liberdade de
arbítrio se manifesta enquanto compito com o “sistema de leis” da natureza.
Simples assim, geotropismo x teotropismo. Em relação ao livre arbítrio, competir
ou cooperar, escolher o mais sensato depende do estado em que me encontro,
quanto eu acredito estar no controle da vida e no que escolho acreditar. Escolhas
que não se excluem, senão se mesclam até que a unidade seja melhor compreendida
por cada um de nós.
Meus espaços vazios são cavernas
fechadas ou canais de passagem? Cavernas que portam luz ou canais que permitem
que a luz circule? Em mim predomina o mental ou o cardíaco; o carnal ou o
espiritual?
O silêncio é espaço onde tudo
pode acontecer. É potencialidade. É campo de metamorfose. É onde o tu pode
encontrar com o eu. Sem o silêncio, pouco é possível. Quem está cheio, precisa
de um pouco de silêncio; espaço na alma para que alguém possa ser. Não é
possível ser sem espaço, e o silêncio é espaço pleno. No silêncio eu me escuto;
no silêncio sou escutado. O silêncio é solene e é só nele que o dentro e o fora
podem estabelecer diálogo. O artista disse que o silêncio foi a primeira coisa
que surgiu. Para recordarmos esse momento primordial, sejamos silentes.
A despeito disso, existe hoje guerra
declarada ao silêncio. Máquinas de som e imagem insistem na inseminação ruidosa
de nossos orifícios, em nossos ofícios. Nossos ossos pulsam com a gravidade da
situação, com a gravidade dos baixos profundos, com a gravidade das gravatas e
ainda com a gravidade da gravidez. Inseminados com o mesmo e variações do mesmo
tema, papagaiamos o barulho pré-fabricado em nossas casas.
Ao impedir que a vontade alcance
o silêncio, as irrelevâncias das informações cotidianas nos tornam dependentes
de mais uma dose. Esse vício moderno que preenche os vazios, os tempos, os
sentidos, me tira de mim. Me afasta a vontade e me entrega aos desejos.
Vontades de ser escorregam em desejos de ter. Mas, sem o silêncio, sem esse espaço,
o que ser senão o que se diz, o que me dizem, o que foi dito naquele programa?
Esse barulho que penetra a mente a
partir dos tímpanos, que nos rouba a lembrança essencial, precisa ser encarado
de frente. Desejo a você que ele ocorra antes e não depois que o tempo se
recolha.