A Medicina da Saúde é baseada na preservação e na promoção. É sempre superior à Medicina da Doença focada na cura e na prevenção. Somos seres humanos e não "teres humanos”. A doença começa quando se deixa o SER pelo TER; saúde e vitalidade aumentam na direção do SER. A busca pelo SER leva à ampliação da consciência, guia do homem saudável e espelho para o doente. Refletindo o exemplo a ser imitado mostra como sair da horizontalidade do adormecimento e entrar na verticalidade do despertar.
sexta-feira, 24 de março de 2017
quarta-feira, 22 de março de 2017
terça-feira, 21 de março de 2017
SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL
Precisamos nos esmerar na educação infantil, assim em muito pouco tempo
serão necessários menos hospitais, presídios, partidos e manicômios; quem sabe
ainda no médio e longo prazo possamos abrir mão da classe política em favor de
uma nova qualidade de seres, quiçá humanos!
As minorias, cuja expressão máxima hoje é representada pelos políticos,
têm se apresentado como vítimas. Vítimas inimputáveis que disputam e
computam o que podem a seu favor. É
preciso rever o sentido da palavra preconceito e aplicá-la com propriedade onde
ela sirva como prevenção do aleijão, seja ele moral, social, animal, carnaval,
decimal ou débil mental.
Quatro breves histórias, em forma de animações, lembram parte importante da educação infantil
primária para a saúde quanto aos quesitos:
Paciência e disciplina: https://youtu.be/Klx8UBMRrMA
Zelar, não matar o ideal na criança: https://vimeo.com/194276412
Encorajamento: https://youtu.be/GvsEqthCTxU
Exemplo: https://youtu.be/MJC9mYJfUPk
E você, acredita em educação infantil ou domesticação infantil?
As fragilidades psicológicas decorrentes da baixa qualidade da educação
infantil podem ser contornadas com o auxílio da Arte. Alain de Botton e John
Armstrong nos dão pistas sobre como isso poderia
ser feito:
A arte é um corretivo da memória fraca, pois torna os frutos da experiência
memoráveis e renováveis; a arte é um provedor de esperança, pois mantém à vista
coisas alegres e agradáveis; a arte é uma fonte de dignidade para o sofrimento,
pois nos lembra o lugar legítimo do sofrimento numa boa vida; a arte é um
agente de equilíbrio, pois codifica com invulgar clareza a essência das nossas
boas qualidades; a arte é um guia para o autoconhecimento, pois ajuda a
identificar o que é central para nós, mas difícil de expressar em palavras; a
arte é um guia para a ampliação da experiência, pois nos oferece alguns dos
exemplos mais eloquentes das vozes de outras culturas; a arte é um instrumento
de recuperação da sensibilidade, pois remove nossa casca e nos salva do
habitual descaso pelo que há ao redor.
Quando vir alguém fazendo arte, não se altere, observe suas emoções,
silencie para então alegrar-se!
quarta-feira, 1 de março de 2017
ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE XI – FOME E ÍNDICES DE NATALIDADE
CONTINUAÇÃO DE:
Por Josué de
Castro – A geopolítica da fome vol. 1 – 8ª ed. Pág. 127.
Quando procuramos agrupar,
dentro de um critério geográfico, os países de altos coeficientes de
natalidade, superiores a trinta, verificamos que são todos países tropicais de condições
geográficas e econômicas impróprias, tanto à produção como ao consumo de proteínas
de origem animal. A alimentação, de predominância vegetal, desses países,
constitui um dos fatores decisivos, influindo no segredo de sua prolificidade.
Se compararmos os coeficientes de natalidade e os consumos de proteínas de
origem animal, no mundo inteiro, verificaremos que existe franca correlação entre
os dois fatores, baixando a fertilidade à proporção que sobre a taxa de consumo
destas proteínas.
Apresentamos, a seguir, um
quadro de países dos mais diferentes coeficientes de natalidade, desde os mais
elevados aos mais baixos, e no qual se evidencia, de maneira significativa, a
citada correlação:
PAÍSES
|
COEFICIENTES
DE NATALIDADE
|
CONSUMO
DIÁRIO DE PROTEÍNAS ANIMAIS (g)
|
FORMOSA
MALAIA
ÍNDIA
JAPÃO
IUGOSLÁVIA
GRÉCIA
ITÁLIA
BULGÁRIA
ALEMANHA
IRLANDA
DINAMARCA
AUSTRÁLIA
E.U.A
SUÉCIA
|
45,6
39,7
33,0
27,0
25,9
23,5
23,4
22,2
20,0
19,1
18,3
18,0
17,9
15,0
|
4,7
7,5
8,7
9,7
11,2
15,2
15,2
16,8
37,3
46,7
56,1
59,9
61,4
62,6
|
Estes dados foram retirados das
estatísticas de 1950, apresentados no estudo de Lynn Smith (Population Analysis
– 1948) sobre problemas de população e de uma publicação da FAO sobre o consumo
de proteínas no mundo.
Estes aspectos do problema
alimentar referentes à influência da dieta sobre a reprodução constitui o ponto
mais debatido de nosso trabalho. Desde que apareceu a primeira edição desse
livro em 1951, várias críticas foram formuladas, principalmente tendo-se em
vista que a ciência clássica da nutrição sempre considerou o fato de que uma
dieta rica em proteínas constitui uma condição indispensável à boa capacidade
reprodutiva. Considerando a alta importância desse assunto, pela repercussão e aplicação
social que poderá ter esta teoria no campo prático da política demográfica,
tomamos a deliberação de prosseguir em nossos trabalhos experimentais sob cujos
resultados pretendemos publicar um trabalho especialmente dedicado ao problema
da alimentação e reprodução. Aproveitamos, no entanto, a oportunidade do
aparecimento desta nova edição para apresentar, de forma sintética, alguns
fatos novos oriundos da investigação de outros estudiosos da matéria e da observação
de fatos sociais que confirmam os nossos pontos de vista.
(Estes fatos e observações constam nas páginas 129-131 da presente obra
referenciada no início do texto).
Com estas observações e estas
cifras, desejamos concluir por afirmar que, em última análise, a multiplicação exagerada
da espécie, por sua excessiva fertilidade, constitui também uma forma de fome
específica, uma das mais estranhas marcas do fenômeno da fome universal.
Este aspecto do problema tem, a
nosso ver, importância primordial, desde que fornece base biológica para apoio
de nossa teoria – a teoria da fome específica como causa de superpopulação; da
fome provocando o lançamento intempestivo, no metabolismo demográfico do mundo,
de produtos humanos fabricados em excesso e de qualidade inferior.
Como o mecanismo através do qual
se exerce esta ação desequilibrante e degradante da fome crônica sobre a evolução
demográfica dos grupos humanos envolve aspectos econômicos e sociais, ao lado
dos aspectos biológicos, deixamos para desenvolver o assunto na ocasião oportuna,
ao estudarmos o problema da fome no Extremo Oriente, área onde a superpopulação
relativa se apresenta, nitidamente, como uma das mais estranhas e graves manifestações
de fome específica.
SOBRE ANJOS - ESTÓRIAS E OUTRAS COISAS
Continuação de: O ANJO EM MIM
O
materialista em sua coragem escolheu um mundo e um modo de viver divorciados de
tudo o que não pode ser apreendido pelos cinco sentidos físicos. Como
consequência, entendeu ser o humano, do ponto de vista vida ou biológico, o
mais elevado entre os seres. Escolheu ainda que seu reino, o reino humano,
unido aos reinos animal, vegetal e mineral, compreende tudo o que possa ser
objeto de estudo ou ainda as únicas instâncias que merecem a alcunha de
realidade.
Para
os demais, permeáveis ao incognoscível, em que momento da evolução humana nos
desconectamos dos anjos? Em que momento voltaremos a nos conectar?
Algumas
histórias de anjos carecem ser lidas como: “O anjo está perto” de Chopra, o conto
“Do que os homens precisam” de Tolstói (Contos Populares – década de 1880) e o
inigualável Guimarães Rosa (Primeiras Estórias) no conto “Um moço muito branco”.
Cada um, a seu modo, compartilha seus olhares concernentes a esse reino
suprafísico imediato ao humano. Cada um abre uma janela de
possibilidades de relação com essa classe de seres pouco compreendidos e pouco
visitados, ao menos daqui pra lá...
Chopra
aproxima a ideia de anjo à da luz. Na medida em que o personagem se permite
entrar em relação com ela (Luz), a mesma se metamorfoseia em um ser antropomórfico
disponível ao diálogo.
– Eu sei que nós chamamos
vocês de anjos, mas o que você é para si próprio? Há algum nome que você use?
– Na verdade, não. Quando
vejo a mim sou apenas uma janela. Se quiser pode olhar através de mim. Sou
transparente. É assim que sou para Deus e, portanto para mim.
O
curioso em Chopra é a ideia da presença do anjo causar um aumento da
consciência das pessoas que estão em proximidade a ele; consciência que na
maior parte das vezes se dissipa com o afastamento do anjo, dado que o humano
não teria desenvolvido em si a força de sustentação para aquela consciência.
Isso se assemelha à experiência humana de entendermos algo quando alguém que
sabe àquele respeito nos explica, mas que se esvai de nossa compreensão quando
da ausência daquela pessoa sabidona.
Em
Tolstói, Mikhail cumpre contrariado uma missão e perde as asas pela
inconformidade com o que lhe foi solicitado. Aprende com o humano sobre algo
que no reino que habitava não era possível aprender. Traz em si três perguntas
a serem respondidas: “O que existe nos homens? O que não é dado aos homens? Do
que vivem os homens?”. Sua luz aumenta conforme aprende, é silencioso e hábil
além de capaz de enxergar além das aparências. Reconquista as asas ao encontrar
as respostas e compreender que o mal que acreditou ter feito visava um bem
maior, impossível de compreender então.
Finalmente,
Guimarães pinta com palavras a estória de um moço muito branco, que aparece,
não se lembra, visto para ele só haver o presente, e em todos que se aproxima
desperta aquilo que mais carecem. Desaparece como apareceu em meio a fenômenos
extremos da natureza sob chuva, raios e trovões...
Estórias
anedóticas para uns, realidade para outros, estão contadas aí para quem quiser
ler. Se fosse você eu leria, para não dizer depois que não sabia...
No caso do
assunto interessar, vale ler também: de Matthew Fox e Rupert Sheldrake “A física
dos anjos”, uma visão científica e filosófica dos seres celestiais; de Rudolf
Steiner “O anjo em nosso corpo astral” e “A Ciência Oculta”; de Max Heindel
“Conceito Rosacruz do Cosmos”; de Diether Lauenstein “As Leis Biográficas à Luz
da Biblia”; de Mônica Bonfiglio “A magia dos anjos cabalísticos” e de Wim
Wenders o filme “Asas do desejo”. Finalmente, para uma compreensão mais lúcida é
imprescindível a leitura das lâminas 14 (A Temperança) e 15 (O Diabo) na obra
magistral “Meditações Sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô” escrita por autor
anônimo pela editora Paulus.
Ao ignorarmos a presença
dos anjos fecham-se as portas conscientes aos demais reinos, ou seja: arcanjos,
principados, potestades, virtudes, dominações, tronos, querubins, serafins,
terafins e xeofins; síntese que integra a “antena” cósmica do humano.
Se você nasceu sem asas
não faça nada para impedi-las de crescer.
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