CONTINUAÇÃO DE:
Alimentação Consciente I
Alimentação Consciente II
Alimentação Consciente III
Alimentação Consciente IV
Alimentação Consciente V
Alimentação Consciente VI
Alimentação Consciente VII
Alimentação Consciente VIII
Alimentação Consciente II
Alimentação Consciente III
Alimentação Consciente IV
Alimentação Consciente V
Alimentação Consciente VI
Alimentação Consciente VII
Alimentação Consciente VIII
Por: Max Heindel
Atualmente,
o alimento que recebemos internamente desfaz-se e decompõe-se devido ao calor interno do corpo, permitindo, desse
modo, que o éter químico, com o qual estão impregnadas todas as partículas
alimentares, se combine com o éter químico do nosso corpo vital. O alimento
magnetizado pela ação do sol sobre as plantas é, então, assimilado e “permanece
conosco” até que se esgote o magnetismo. Quanto mais diretamente os alimentos
vierem do solo para nós, tanto mais magnetismo solar eles conterão.
Consequentemente, eles “permanecerão conosco” durante um tempo maior se forem
comidos crus. Quando um alimento sofre um processo de cozimento, uma parte do
éter nele contido perde-se, pois certa parte das partículas sutis é dissolvida
pelo calor e impregna o ar da cozinha com o odor do alimento do qual provém.
Portanto, as células do alimento cozido permanecem menos tempo em nosso corpo
que o alimento cru, e o alimento que já foi assimilado pelo animal contêm em si
pouquíssimo éter químico (exceto o leite, que é obtido através de um processo
vital e contem uma quantidade maior de éter que qualquer outro alimento**).
No que se refere à carne
dos animais, podemos dizer que a maior parte do éter químico de suas rações foi
absorvida pelo corpo vital antes que o animal fosse morto e, ao ocorrer a
morte, o corpo vital deixa a carcaça. Portanto, a carne apodrece muito mais
depressa que os vegetais e “permanece conosco” somente por pouco tempo depois
que a comemos.
A
morte e a doença geralmente são devidas ao fato de insistirmos em tomar
alimentos compostos de células desprovidas de seu éter químico individual, obtido durante a assimilação
vegetal. Este éter é diferente e não deve ser confundido com o éter químico planetário que impregna os minerais, as
plantas, os animais e o homem. A alimentação carnívora, privada pela morte do
corpo vital individual que envolve o animal durante a vida, fica reduzida
realmente à sua forma química mineral que tem pouco valor nos processos vitais.
De fato, é prejudicial a eles e deve ser eliminada do sistema tão rapidamente
quanto possível, pois sendo minerais, essas partículas de carne estão mortas e
são de manipulação difícil. Portanto, elas gradualmente vão-se acumulando.
Mesmo a parte dos vegetais que é composta de cinzas e minerais permanece em
nosso sistema, de maneira que há um processo gradual de obstrução que nós
consideramos como crescimento. Isto acontece porque privamos os vegetais e
outros alimentos de seu éter químico. Se fôssemos semelhantes às plantas e
capazes de impregnar os minerais com éter, seríamos provavelmente capazes de
assimilá-los e desenvolver nossa estatura de um modo gigantesco, mas, tal como
somos, o material morto acumula-se cada vez mais até que finalmente o
crescimento para devido aos nossos poderes de assimilação terem-se tornado cada
vez menos eficientes.
Futuramente
não digeriremos os alimentos no interior do corpo, mas extrairemos o éter
químico e o inalaremos pelo nariz, onde ele entrará em contato com o corpo
pituitário. Este é o órgão geral de assimilação e agente de crescimento. Nosso
corpo tornar-se-á, então, cada vez mais etérico, os processos vitais não serão
embaraçados pelos resíduos obstrutores e, consequentemente, a moléstia
desaparecerá e a vida será prolongada. É significativo, em relação a este fato,
que muitos cozinheiros não sentem apetite, pois o aroma picante dos pratos que
preparam satisfazem-nos bastante.
A
ciência está aprendendo gradualmente as verdades anteriormente ensinadas pela
ciência oculta, e sua atenção está sendo voltada para as glândulas endócrinas,
que lhes darão a solução de muitos mistérios. Contudo, não parecem estar
inteirados ainda de que há uma ligação física entre o corpo pituitário, o
principal órgão de assimilação e, portanto, do crescimento, e as glândulas
suprarrenais, que eliminam os resíduos e assimilam as proteínas. Elas também
estão ligadas fisicamente com o baço, o timo e as glândulas tireoides. Nesta
ligação, é significativo, do ponto de vista astrológico, que o corpo pituitário
é regido por Urano, que é a oitava superior de Vênus, o regulador do plexo
solar, onde está localizado o átomo semente do corpo vital. Deste modo, Vênus
guarda a entrada do fluido vital que nos vem diretamente do Sol através do
baço, e Urano é o guardião da porta de entrada do alimento físico. É a função
dessas duas correntes que produz o poder latente armazenado em nosso corpo
vital, até que seja convertido em energia dinâmica pela natureza marcial do
desejo.
**
O autor escreveu esse texto no início do século XX e se referia ao leite
extraído diretamente da vaca para consumo imediato. É preciso lembrar que hoje
são raríssimas as vacas que se alimentam exclusivamente de capim, pois a
maioria se alimenta com ração à base de milho. Essas rações modificam o
metabolismo animal especialmente no que diz respeito à relação ômega 3 / ômega
6 em favor desse último (Sobre isso, vide os livros campeões de venda de Michael Pollan, “O Dilema do Onívoro”, e de David Schreiber, “Anticâncer”).
O desbalanço caracterizado pelo aumento de ômega 6 em relação ao ômega 3 coloca
o corpo em estado de inflamação. A inflamação por sua vez predispõe a doenças
crônicas e aparecimento de neoplasias (cânceres). Cuide em diferenciar o leite
da vaca do leite de saquinho ou de caixinha, pois são substâncias de naturezas diferentes.
Tudo o que é da natureza tem vida e vitalidade e se renova rapidamente, já o
que tem pouca vida e pouca vitalidade, pode ser conservado por meses quando não
indefinidamente.